Pedido o impeachment de Dória por causa do terror do coronavírus (19 motivos)

Publicado em 22/04/2020 16:49 e atualizado em 22/04/2020 20:45
Entrevista com Frederico D´Avila - Deputado Estadual - PSL - SP
Frederico D´Avila - Deputado Estadual - PSL - SP

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Pedido o impeachment de Dória por causa do terror do coronavírus

 

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Deputado Frederico d’Avila protocola pedido de impeachment de Doria na tarde desta quarta-feira (22)

Em período de pandemia, o governador é responsável por uma sequência de crimes durante a sua gestão no Palácio do Bandeirantes
 
O deputado Frederico d’Avila junto com os deputados Gil Diniz, Douglas Garcia, Major Mecca e Valéria Bolsonaro protocolaram o pedido de impeachment do Governador de São Paulo, João Doria, na tarde desta quarta-feira (22).
 
Em meio ao combate contra o Coronavírus, João Doria, tem violado diversos princípios constitucionais da legislação brasileira. Um deles, é o acordo que fez com as quatro maiores operadoras do país para monitorar os cidadãos paulistas. Em seu discurso, disse ainda que poderia prender o cidadão que desobedecer a quarentena.
 
Doria também é acusado por uso indevido e ilegal de bem público. A utilização de um helicóptero do Comando de Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que causou muita polêmica, estava empregado na proteção de matas e rios no estado e o governador tentou transformá-lo em transporte executivo para uso privativo.
 
Segundo o deputado estadual Frederico d’Avila, um dos principais parlamentares responsáveis pelo pedido de impeachment, não faz sentido a atitude do governador, pois ele já tem à sua inteira disposição um helicóptero bi-turbina EC 135. “Péssima alocação de recursos num momento em que isso é tão crucial. A boa utilização desta aeronave pode salvar vidas, principalmente se for colocada a serviço do transporte de órgãos e atendimentos emergenciais de resgate. Mas João Dória mais uma vez opta pelo seu próprio conforto em vez de atender aos interesses do povo paulista”.
 
A regulamentação indevida de decreto presidencial ao impedir o consumo de alimentos nos restaurantes, contratação de empresa de TI para controle e fichamento de apoiadores e detratores nas redes sociais (controle de opositores), propaganda oficial do governo para propagar fatos e ações inexistentes, são mais alguns dos motivos que alicerçaram o pedido de impeachment.
 
O atual governador de São Paulo, João Doria, durante o período de crise tem feito  diversos pronunciamentos públicos alegando que o governo estadual está preparado para enfrentamento do COVID-19, obrigando o distanciamento social, e a não aglomeração de pessoas. No entanto, de forma contraditória, fomentou o que disse ser o maior carnaval do Brasil em São Paulo, participou ativamente, aliás, não somente em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro.
 
Além disso, participou e realizou em nome do Governo Estadual, da Corrida da Mulher SP, realizada em 08 de março, onde mais de 16 mil mulheres participaram das provas de corrida de rua e aproximadamente 40 mil pessoas estiveram durante o dia para acompanhar a programação de shows. Depois de três dias esteve em evento de entrega de casas populares em Registro/SP, com a presença de mais de 10 mil pessoas, o que mostra mais uma vez contradição no que ele faz e fala.
 
A falta de publicidade dos contratos da Fundação Padre Anchieta, utilização de propaganda oficial do governo para propagar fatos e ações inexistentes no que tange a retomada de obras de mobilidade paralisadas, quando em verdade as obras do trecho norte do Rodoanel e a linha 6 do metrô seguem abandonadas e paralisadas e aquisição de material que não atende a legislação, tendo que em seguida recolher o material que foi dispendioso para os cofres do Estado, sem qualquer ressarcimento, são mais alguns dos motivos que embasaram o pedido.
 
Para o deputado Frederico d’Avila, o governador não está preocupado com a saúde pública dos paulistas. “Doria está usando o seu cargo como palanque eleitoral, muda o seu discurso em cenários oportunistas e para prejudicar o Presidente Bolsonaro, ele ousa até acabar com economia do Estado e deixar a população na miséria, vítima da carestia e do desemprego”, finaliza.
 
 

Doria diz que reabertura de economia de SP será regionalizada, setorial e gradual

  • Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protestam contra isolamento social na Avenida Paulista 19/04/2020 REUTERS/Rahel Patrasso

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - A economia de São Paulo será reaberta de forma heterogênea, gradual e segura a partir de 11 de maio e levará em conta a situação da epidemia de coronavírus em cada uma das regiões do Estado, disse nesta quarta-feira o governador João Doria (PSDB), que afirmou que a quarentena vigente até 10 de maio não sofrerá qualquer alteração.

"Hoje vamos enunciar o Plano São Paulo, plano esse que a partir do dia 11, de forma gradual, heterogênea e segura, faremos a abertura da economia do Estado de São Paulo", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

"Vamos levar em conta situações locais", acrescentou ele, que disse ainda que as decisões serão tomadas em conjunto com as áreas econômica e de saúde de seu governo.

O governador fez questão de enfatizar por mais de uma vez que o atual decreto de quarentena vigente no Estado até 10 de maio não sofrerá qualquer alteração. Ele não quis detalhar quais setores devem ser beneficiados com a reabertura, afirmando que esse detalhamento será feito no dia 8 de maio "se todas as circunstâncias permitirem", indicando que o afrouxamento pode cair por terra se a situação da pandemia se agravar.

"Nós não estamos dizendo que não teremos quarentena depois de 10 de maio. Nós teremos o Plano São Paulo que vai estabelecer áreas, setores, que poderão ser distentidos e outros não", disse.

"Não estamos anunciando que no dia 11 de maio não teremos mais nenhuma quarentena", acrescentou o governador, que também não quis adiantar se a nova fase incluirá a reabertura de escolas e do comércio considerado não essencial.

Também presente na coletiva, a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patricia Ellen, disse que o plano de reabertura da economia paulista também será feita por setores.

"A implementação será faseada, regionalizada e setorial", afirmou ela. "Nós receberemos da Saúde quais são os critérios-chave."

Doria procurou rebater críticas em relação à quarentena em São Paulo, afirmando que foi a "mais equilibrada do país" e que não foi adotado um "lockdown", como foi necessário em outros países. O governador disse que, no formato atual, 73% da economia do Estado está operando.

"Sempre garantimos o funcionamento do maior número possível de atividades da economia do Estado de São Paulo", disse.

O governador acrescentou que, com o modelo de reabertura a ser adotada, tanto a curva de casos confirmados no Estado quanto a capacidade de tratar os doentes estará sob controle.

O infectologista David Uip, que coordena o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, disse que as medidas de restrição adotadas pelo Estado até aqui têm tido resultado.

"São Paulo conseguiu achatar a curva, nenhum de nós tem dúvida. Isto é boa notícia", assegurou ele, afirmando que este achatamento da curva de novos casos deu tempo para que o sistema de saúde fosse preparado para receber os doentes de Covid-19, abrindo a possibilidade de um relaxamento da quarentena.

Ao mesmo tempo, Uip reconheceu que o sistema está pressionado.

"Principalmente no município de São Paulo e na Grande São Paulo", afirmou, num possível indicativo de que, nessas regiões, o afrouxamento das restrições podem vir em menor grau.

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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