Poder Moderador já atua no centro do Governo para enfrentar o pandemônio na economia

Publicado em 14/04/2020 18:28 e atualizado em 14/04/2020 20:52
Análise de Fernando Pinheiro Pedro
Fernando Pinheiro Pedro - Jornalista, analista do NA

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O general Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil, acaba de instalar um conselho de enfrentamento da crise economica (provacada pelo coronavírus) no 4.o andar do Palácio do Planalto, para ajudar na governabilidade do Governo Bolsonaro. A inevitável recessão que a pandemia trará ao nosso País vai provocar mudanças profundas no encaminhamento da politica economica comandada pelo Ministro Paulo Guedes.

-- "Sai o liberalismo e entram as grandes obras financiadas com dinheiro público", diz  Fernando Pinheiro Pedro, aqui no Notícias Agrícolas.

Segundo Pinheiro Pedro, a montagem do gabinete de enfrentamento  da crise econômica nada mais é do que atuação, na prática, do Poder Moderador (gabinete militar) dentro do Governo.

As mudanças serão sensíveis, e o ponto de inflexão será o montande da verba que o MInistério da Economia colocará no mercdo.

-- "Haverá uma grande soma, haverá um despejo de dinheiro", diz Pinheiro Pedro, "tudo no sentido de reativar a economia, gerar emprego".

Para o analista do NA, os rumos dessa nova politica serão a retomada das obras de infra-estrutura (grande porte), financiamento imobiiário (construções em área urbanas) e financiamento agrícola.

(acompanhe a íntegra do comentário no vídeo acima).

Braga Netto cria grupo para elaborar plano de recuperação econômica em 90 dias (em O Antagonista)

Braga Netto criou nesta terça-feira (14) um grupo de trabalho para desenvolver ações estratégicas para a recuperação econômica do país durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo a Crusoé, o grupo terá representantes de todos os ministérios e deverá apresentar propostas para a retomada do crescimento em um prazo de 90 dias.

m dos focos do colegiado será negociar com o Congresso a destinação de emendas parlamentares.

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Mercado financeiro do Brasil prevê queda de 1,96% no PIB em 2020

Brasília, 13 abr (Xinhua) -- Os analistas do mercado financeiro do Brasil ampliaram sua previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) este ano de 1,18 para 1,96%, na nona semana consecutiva de baixa, de acordo com a pesquisa Focus realizada entre as principais instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.

A projeção para o crescimento do PIB do próximo ano passou de 2,50 para 2.70%.

Os economistas reduziram sua estimativa para o índice de inflação este ano de 2,72 para 2,52%, enquanto para o próximo ano se manteve em 3,50%.

As previsões estão dentro da meta oficial, que é de 4% em 2020 e de 3,75% em 2021, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para acima ou para baixo.

Por outro lado, os analistas reduziram a estimativa para a taxa básica de juros Selic de 3,50 para 3,25% no final deste ano e de 4,75 para 4,50% no fim de 2021.

A projeção para a taxa de câmbio passou de 4,50 para 4,60 reais por dólar no final deste ano e de 4,40 para 4,47 reais por dólar para o final do próximo ano.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos importações), a estimativa é de US$ 35 bilhões tanto para 2020 como para 2021.

A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil caiu para US$ 73 bilhões em 2020 e se manteve em US$ 80 bilhões para 2021.

Economia mundial deve ter pior recessão desde 1929, diz FMI

O FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta retração de 3% na economia global em 2020.

A previsão foi divulgada nesta terça-feira (14). Se concretizada, esta será a maior crise desde 1929.

Segundo o FMI, a recuperação pode vir no ano que vem. Espera-se que o PIB mundial cresça na casa dos 5,8% em 2021, mas a retomada dependerá da implementação de políticas públicas em cada país.

“É muito provável que este ano a economia global experimente sua pior recessão desde a Grande Depressão, superando a vista durante a crise financeira de dez anos atrás”, diz Gita Gopinath, economista-chefe do FMI, no documento.

Mansueto renova previsão de déficit primário a R$ 600 bi em 2020, perto de 8% do PIB

BRASÍLIA (Reuters) - O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, renovou nesta terça-feira sua previsão para o déficit primário neste ano, que se aproxima de 600 bilhões de reais em meio à pandemia do coronavírus, perto de 8% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em conversa virtual promovida pelo veículo Jota, Mansueto frisou que "toda essa conta está sendo paga com aumento de dívida".

Sobre a transferência de recursos a Estados e municípios, ele disse que há necessidade de bom debate neste momento para estabelecimento do tamanho do auxílio.

Ele disse que sua preferência pessoal era por um valor fixo e que fosse também menor do que o proposto no projeto aprovado na véspera pela Câmara dos Deputados. A equipe econômica calculou que o texto da Câmara tem impacto de 85,5 bilhões de reais para a União caso haja queda de 30% na arrecadação de ICMS e ISS por seis meses.

Questionado sobre a estimativa para o déficit fiscal em 2021, Mansueto afirmou que, no momento, qualquer projeção para o rombo nas contas públicas será "frágil". De acordo com ele, o número a ser informado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a ser enviada ao Congresso até quarta-feira, projetando o rombo das contas públicas, constituirá "uma primeira tentativa", podendo piorar ou melhorar.

"A gente teria que ter um número melhor de qual será o crescimento ou queda do PIB neste ano e como isso vai afetar a base de arrecadação neste ano", argumentou o secretário.

Mansueto também voltou a reforçar a importância da manutenção da regra do teto de gastos no país, salientando que atualmente a "única âncora fiscal que o Brasil tem para consolidar o cenário de inflação baixa e juros baixos é o teto de gastos".

PRIVATIZAÇÕES E CONCESSÕES

Abordado sobre a agenda de privatizações defendida pela equipe econômica, Mansueto reconheceu que no curto prazo, em decorrência dos impactos econômicos causados pelo coronavírus nas cadeias produtivas, as condições de mercado não contribuem para o programa, podendo haver atraso em sua execução.

Ele, no entanto, ressaltou que assim que haja a recuperação dos mercados, a continuidade da agenda "é essencial".

"Acho que o governo, inclusive, tem que correr com as modelagens, todo esse processo de privatização e concessão, para quando passar a crise, ele estar pronto para, em algum momento ainda neste ano ou no próximo, correr com essa agenda. Então a importância dessa agenda continua", analisou.

Mais cedo, em teleconferência com investidores, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, indicou que o cronograma do governo para concessões continua normal, mesmo com os efeitos negativos advindos do coronavírus.

Governo deve fixar meta de déficit fiscal de cerca de R$ 150 bi para 2021

BRASÍLIA (Reuters) - O governo deve mais do que dobrar a indicação do rombo primário para 2021 no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que enviará ao Congresso nesta quarta-feira, a cerca de 150 bilhões de reais, segundo duas fontes do Ministério da Economia.

Uma das fontes pontuou que o governo ainda estuda se estabelecerá uma meta flexível ou não em função das dificuldades de estabelecer quaisquer previsões macroeconômicas neste momento por conta dos impactos com o coronavírus.

A indicação anterior era de um déficit de 68,5 bilhões de reais para o governo central no próximo ano. No PLDO que encaminhará aos parlamentares, o governo irá de fato fixar a meta para o exercício, também indicando as perspectivas de resultado primário para os dois anos à frente.

Segundo as duas fontes ouvidas pela Reuters em condição de anonimato, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ainda será de 0,02% e no ano que vem, de 2,5%, mesmos cálculos de março.

Isso ocorre pela escolha da manutenção do calendário para a confecção dos relatórios bimestrais de receita e despesa, que prevê nova revisão do PIB apenas em maio. Com a mudança nesse parâmetro agora, a Secretaria de Orçamento precisaria de 15 dias para rodar todos os seus modelos, sendo que a equipe do ministro Paulo Guedes não tem uma projeção firme de como se comportará a atividade, embora saiba que haverá retração.

"É claro que vai cair, é claro que vai ser negativo", disse uma fonte do time. "Vejo as pessoas falando, mas a verdade é que é tudo chute. Ninguém sabe, depende muito da duração do lockdown."

Governo tenta avançar com agenda de concessões, mesmo com crise do coronavírus

SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal indicou nesta terça-feira que manterá o ritmo da agenda de concessões, uma das principais apostas para atração de investimento privado, mesmo diante dos profundos efeitos econômicos provocados pela pandemia do coronavírus.

O Ministério da Infraestrutura enviou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o projeto de concessão de trecho rodoviário ligando Anápolis (GO) a Aliança (TO), o primeiro de um modelo em que o leilão mescla a combinação entre o menor valor de tarifa e maior valor de outorga fixa.

Formado por trechos das rodovias federais BR-153, BR-080 e BR-414, o corredor de 850,7 quilômetros é considerado o principal para integração do Meio-Norte com o Centro-Sul do país. Com ele, o governo quer criar um novo canal de escoamento de grãos de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Para uma concessão de 30 anos, o governo prevê a duplicação de 623,4 quilômetros, 22 quilômetros de faixas adicionais e 21 passarelas. A previsão é de valor máximo de tarifa de 12,76 reais para pistas simples e de 16,60 reais para pistas duplas.

O documento enviado ao TCU estima que o projeto traga investimento de 8,46 bilhões de reais e 6,17 bilhões de reais em custos operacionais.

Em teleconferência realizada também nesta terça-feira pelo Morgan Stanley com cerca de 40 investidores nacionais e estrangeiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que o cronograma para concessões do governo segue normal, apesar da crise.

"Não paramos nenhuma atividade dos nossos projetos de concessão", afirmou.

Freitas disse que todos os estudos em curso contemplam o cenário atual e que um esforço está sendo feito para tornar os projetos mais aderentes à nova realidade.

Na véspera, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) enviou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o projeto revisado da concessão da BR-163/230, entre Mato Grosso e Pará, antes de também seguir para TCU.

A concessão dos 970 quilômetros terá prazo de 10 anos. Nesta licitação, o critério para definir o vencedor do leilão será pela menor tarifa oferecida.

Além disso, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que institui um aprimoramento das licitações para exploração de petróleo e gás natural, tentando aumentar a competitividade e atratividade das áreas a serem ofertadas.

Reservas internacionais subiram US$ 152 milhões no dia 13, para US$ 340,685 bi

As reservas internacionais brasileiras subiram US$ 152 milhões na segunda-feira, 13, informou o Banco Central. As reservas passaram de US$ 340,533 bilhões na quinta-feira, 9 para US$ 340,685 bilhões na segunda-feira.

O resultado reflete, entre outros pontos, a oscilação do valor de mercado dos ativos que compõem as reservas, como os títulos da dívida dos Estados Unidos e de outros países. (AE).

Fonte: NA/Antagonista/Reuters/AE

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