A quem interessa a suspensão da campanha publicitária que detalha pacote anticrime de Moro?
Podcast
A quem interessa a suspensão da campanha publicitária que detalha pacote anticrime de Moro?
O Antagonista: TCU mantém decisão de Vital do Rêgo e suspende propaganda do pacote anticrime
O plenário do TCU acaba de manter a decisão provisória, proferida ontem, do ministro Vital do Rêgo, que mandou suspender imediatamente a propaganda do pacote anticrime.
Vital acolheu argumentos de que a campanha “espalha ódio” e, sem ouvir a unidade técnica, decidiu banir a campanha.
O ministro também interpretou que não cabe o uso de recursos públicos em projetos de autoria do governo ainda em tramitação.
Ficaram vencidos apenas os ministros Augusto Sherman e Walton Alencar.
Acompanharam Vital do Rêgo os ministros Bruno Dantas, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro, além da ministra Ana Arraes.
Leia mais em O Antagonista
Conheça do conteúdo dos vídeos da Campanha:
A quem interessa a suspensão da campanha publicitária que detalha pacote anticrime de Moro?
A veículação da campanha de propaganda do pacote Anticrime do Ministrro Sérgio Moro, foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União. Para entender melhor os motivos e as campanhas que têm tomado as redes sociais, nesta quarta-feira (9) o Notícias Agrícolas conversou com Renato Dias - Diretor Executivo do Blog Ranking dos Políticos.
Segundo Renato, ele ainda não chegou a nenhuma conclusão justificável para a campanha ter sido removida das grandes mídias. A ação no entanto, houve uma reação inesperada e os vídeos estão viralizando nas redes. "Hoje em dia quando você faz uma tentativa de censurar na canetada chama mais atenção, tem um efeito inverso. Acho que é o que está acontecendo com as propagandas", comenta Renato.
Ele explica ainda que o pacote Anticrime já havia sido anunciado no início do governo Bolsonaro e que ainda não tinha sido votado porque pautas como a Reforma da Previdência tinha mais urgência. De acordo com Renato, os argumentos utilizados pela TCU falam que os vídeos poderiam aumentar a sensação de insegurança na população, além de afirmarem ser uma questão orçamentária. "Acho que o que o causa a insegurança são as notícias do dia a dia. A gente tem um país que tem em torno de 60 mil assassinatos no ano. O crime compensa no país, poucas pessoas pagam por crimes", afirma.
Renato ressalta ainda que mesmo sem o pacote o Brasil já teve uma diminuição de mais de 22% dos crimes violentos, equivalente a 7 mil pessoas que deixaram de ser assassinadas. "A gente não consegue medir o que é efeito Bolsonado e o que estava sendo feito antes, mas fato é que 7 mil pessoas deixaram de ser assassinadas em relação aos números do ano passado", comenta.
Na tarde desta quarta, uma das hashtag mais comentadas no Twitter era a #TCULIBERAOPACOTEANTICRIME, trazendo a prova de que a suspensão teve um efeito contrário. Durante a entrevista Renato comentou ainda sobre três vídeos que foram suspensos da campanha.
Confira entrevista completa no vídeo acima
Veja também: Campanha do pacote anticrime, suspensa pelo TCU, ganha força nas redes sociais
“A quem interessa não aprovar o pacote anticrime?”, O Antagonista
O senador Major Olímpio, líder do PSL, gravou um vídeo em que lamenta a confirmação, por parte do TCU, da suspensão imediata da propaganda do pacote anticrime.
“Que coisa mais pequena para o nosso país. No momento em que se quer informar a população de conteúdos que estão sendo discutidos no pacote anticrime, acolheram a pretensão de quem quer fazer oposição pela oposição ao governo.”
Leia a notícia na íntegra no site do O Antagonista.
Orlando Silva e Freixo festejam decisão do TCU
Orlando Silva (PC do B) e Marcelo Freixo (PSOL) festejaram, no Twitter, a decisão do TCU que confirmou a suspensão imediata da campanha do pacote anticrime.
Os dois são autores de representação nesse sentido apresentada ao tribunal de contas.
“Há prioridades múltiplas para o uso dos escassos recursos públicos. Seguramente, massagear o ego ferido do ministro não é uma delas”, alfinetou Orlando.
“Vitória da legalidade!”, escreveu Freixo.