CPI e impeachment de ministros do STF podem ser aprovados no Senado, diz LCHeinze
Nesta terça-feira (16), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que vai submeter o plenário da casa a decisão de instaurar ou não a Comissão Parlamentar de Inquérito dos tribunais superiores, também conhecida com a CPI da Lava Toga. Diante disso, está confirmada para a próxima semana haverá uma votação e tem chances de ser aprovada.
De acordo com o Senador pelo o Partido Progressista/RS, Luis Carlos Heinze, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado votou na última semana o pedido da CPI e, por 19 votos a 7, decidiu pelo arquivamento. “Eu assinei a CPI da lava toga por duas vezes, sendo que a primeira vez derrubaram e na segunda vez conseguiram arquivar no Senado”, afirma.
A pressão popular e das principais veículos de comunicação é que contribuíram para que a CPI não fosse arquivada. “É preciso que todos pressionem os senadores de cada estado para que eles votem conosco. Paralelamente, já tem um pedido de impeachment do Ministro Gilmar Mendes e hoje alguns senadores assinaram o pedido de destituição do Ministro Alexandre de Moraes e do Dias Toffoli”, comenta.
O fato pelo qual motivou o senador pelo o Partido Cidadania/SE, Alessandro Vieira, entrar com o pedido de impeachment do Ministro do Supremo Tribunal Federal foi a decisão do magistrado mandar retirar as matérias da revista Crusoé e O Antagonista. Tendo em vista, que ambas as reportagens citaram os e-mails do Marcelo Odebrecht que mencionavam o Dias Toffoli.
“Vamos analisar, verificar e buscar as informações que a sociedade precisa. Para que assim a gente possa fazer o nosso papel sem ser a favor de governo ou contra o governo, mas sim do lado da justiça”, ressalta o senador.
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O senador destaca que para manter a CPI da Lava Toga é preciso ter no mínimo 42 votos. O processo de impeachment dos ministros é um outro processo que está seguindo no plenário. “Nós vamos buscar esses votos e o processo de destituição está andando dentro do Senado Federal, o ritmo é diferente de uma Comissão”, diz.
Ao final da entrevista no Notícias Agrícolas, o senador Heinze salienta que é totalmente contra a qualquer tipo de censura aos meios de comunicação. “É preciso entender que esse é o papel da imprensa e a sociedade precisar saber o que está acontecendo”, finaliza.