"Quem bate, perde!", diz João Batista, "tchuchuca é a mãe", e o PT perde mais uma...

Publicado em 04/04/2019 14:44
Após ofensas do deputado Zeca Dirceu, Ministro Paulo Guedes se irrita e contra-ataca - editorial por João Batista Olivi
João Batista Olivi - Jornalista

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Leia Mais: Zeca Dirceu chama Guedes de ‘tchutchuca’; ministro responde: ‘é a mãe, é a vó’

Assista abaixo o momento em que o Ministro é ofendido e dá sua resposta:

Fonte: Canal Poder360

Guedes perde a paciência com a esquerda: “Por que deram benefícios para bilionários, dinheiro para a JBS?”

“Deu para entender?”, provoca secretário da Receita...

Marcos Cintra, secretário especial da Receita, voltou ao Twitter para explicar a mensagem publicada ontem, quando ele escreveu que Paulo Guedes “não precisa ter apoio de ninguém para aprovar seus projetos no Legislativo”.

“Tem gente que não entendeu: vou soletrar”, diz ele.

Na FOLHA: Bolsa sobe quase 2% com articulação de Bolsonaro pela Previdência

Após a queda da véspera, a Bolsa brasileira voltou a operar no azul, com alta de quase 2%, nesta quinta-feira (4), seguindo o noticiário da Previdência e algum otimismo externo com o possível fim da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China. O dólar recuou.

Nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu líderes partidários em um primeiro movimento de articulação política pela reforma. Os encontros ocorrem após bate-bocas entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a responsabilidade pela formação da base aliada para aprovação do projeto.

Já a notícia negativa, que de a regra de transição da reforma poderá ser abrandada pelo Congresso, reconhecida pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho, foi ignorada pelo mercado.

A movimentação do Planalto foi bem recebida pelo mercado, e o Ibovespa subiu 1,92%, a 96.313 pontos.

Faz uma semana que a Bolsa oscila ao redor dos 95 mil pontos: quando cai abaixo desse patamar, investidores voltam a comprar e ela se recupera; acima dos 96 mil pontos, há venda.

O movimento de sobe e desce em intervalos relativamente estreitos é típico de períodos de indefinição, como ocorre agora em que a mudança nas regras da aposentadoria concentra as atenções dos investidores.

Nesse cenário, qualquer notícia pode ser usada como motivo para alta ou queda da Bolsa. É o que ocorreu na quarta, quando a participação de Paulo Guedes na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara foi considerada ruim pelas brigas com a oposição, levando à queda na Bolsa. Um dia depois, o episódio era lido de outra forma.

“A sessão de ontem [quarta] não foi definitiva para a reforma. O mais importante são os encontros do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com líderes do PSDB, DEM, PP, PSD e PRB hoje [quinta], o que mostra a disposição em colaborar para a aprovação da reforma”, afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

O giro financeiro foi R$ 13 bilhões, abaixo da média diária do ano, que ronda os R$ 16 bilhões. Outro indicativo que investidores estão se afastando do mercado no período de indefinição.

No exterior, o dia também foi mais fraco em volume financeiro, enquanto investidores aguardam um acordo comercial entre Estados Unidos e China. Os principais índices terminaram sem direção única.

O dólar recuou 0,51%, a R$ 3,8590. O comportamento do real destoou das demais moedas emergentes: de uma cesta de 24 divisas, 17 perderam valor ante a moeda americana nesta quinta.

4 vezes em que o PT foi a tchutchuca de poderosos (e você pagou a conta do baile)

Por Luan Sperandio, especial para a Gazeta do Povo/Curitiba

Uma discussão entre o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) levou ao encerramento da audiência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na noite desta quarta-feira (03). O objeto era a proposta de reforma da Previdência feita pelo governo Bolsonaro.

O conflito se deu quando o petista afirmou que o ministro age como "tigrão" em relação a aposentados, idosos e pessoas humildes, mas como "tchutchuca" no tocante à "turma mais privilegiada do nosso país".

Há um problema na análise de Zeca Dirceu: para adotar o mesmo termo esdrúxulo, ninguém neste país foi mais “tchutchuca” de poderosos e bilionários do que o partido ao qual Zeca Dirceu é filiado, e que ficou 14 anos, 5 meses e 12 dias no poder. Houve diversos programas de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos protagonizados por mandatários do Partido dos Trabalhadores enquanto estiveram no Palácio do Planalto.

As críticas direcionadas a Guedes são, basicamente, fruto de um desconhecimento acerca da urgência de reformar a Previdência e sobre quem ela irá afetar, uma vez que o ônus é falsamente atribuído aos brasileiros de menor renda. É estimado que em dez anos ela poderá gerar R$ 1,1 trilhão de economia. Ocorre que todo gasto do governo é custeado mediante tributação, seja impostos, dívida pública ou emissão de moeda. Ao economizar por meio de um ajuste do sistema previdenciário, busca-se equilibrar as contas públicas. A União não consegue fazer um superávit primário — despesa do governo inferior ao que ele arrecada em impostos — desde 2014.

Além de insustentável, a atual Previdência é injusta: apenas 3% de toda a despesa previdenciária vai para os 20% mais pobres. Já 41% é destinada aos 20% de brasileiros de maior renda. Enquanto o Bolsa Família custa anualmente cerca de R$ 30 bilhões e atende 46 milhões de pessoas, o rombo da aposentadoria rural é de R$ 110 bilhões, sendo destinada a apenas 9 milhões de beneficiários. Quão mais tímido é o ajuste, mais prejudicados serão os mais pobres, já que o status quo os afeta de maneira negativa.

Assim, ainda que indiretamente, a aprovação da reforma da Previdência é que beneficiará os mais pobres: além de combater desigualdades, ela é essencial para uma recuperação mais vigorosa da economia. Sem um ajuste, tenderá a haver menor crescimento, bem como aumento dos juros e impostos.

Segundo levantamento de Felippe Hermes, do site Spotniks, durante o governo Lula, a despesa do governo cresceu 2,4% do PIB. Todavia, apenas 0,05% disso foi para a saúde, 0,2% para a educação e, mais da metade, 1,37%, para Previdência. Tamanho aumento de gasto é o resultado de postergar a reforma. Da forma como funciona hoje em dia, a despesa com aposentadorias e pensões está canibalizando outras fatias do orçamento.

Para além das falsas narrativas defendidas pelo partido, selecionamos 4 oportunidades principais em que o PT foi a tchutchuca de poderosos, e quem pagou a conta do baile foi você.

1) O baile do BNDES

A estratégia, idealizada pelo economista Luciano Coutinho, mas abraçada por Lula e, posteriormente, Dilma, era escolher determinadas companhias para se tornarem gigantes em seus setores e competir no mercado internacional. E tudo isso turbinado a partir de empréstimos do BNDES.

Os juros eram subsidiados. Empresas que não eram amigas do governo tinham de competir arcando com taxas de juros mais altas, cobradas pelo mercado. Boa parte dos empréstimos foi feita com juros negativos, ou seja, a devolução dos valores contratados era inferior à inflação do período.

Em um período de nove anos, entre maio de 2007 e maio de 2016, a conta do BNDES fechou em R$ 1,2 trilhão, valor equivalente a 40 vezes o atual orçamento do Bolsa Família — previsto para R$ 30 bilhões em 2019. Esse montante era destinado geralmente a empresas amigas, como o frigorífico JBS, a telefônica Oi e a petroleira OGX de Eike Batista. Os ex-presidentes contribuíram com R$ 13,6 bilhões para que empreiteiras brasileiras realizassem obras em países da África e América Latina. Essa quantia corresponde a 93% do que foi desembolsado pelo banco estatal para exportação de bens e serviços. A Odebrecht, sozinha, abocanhou 64% do total.

Foi o auge do capitalismo de laços — um sistema que se realiza mediante a criação de alianças e emaranhados comerciais estabelecidos entre grupos privados com o governo, na definição do professor do Insper Sérgio Lazzarini.

O gasto com essa festa de crédito foi superior ao do Plano Marshall, realizado pelos Estados Unidos para ajudar na reconstrução da Europa após a II Guerra Mundial.

2) O baile dos ditadores

Em 2009 o então presidente Lula afirmou, na cúpula das nações africanas, que “não podemos ter preconceito com países não democráticos”. Não à toa, enquanto sua agremiação esteve no comando do Executivo, bilhões em impostos arrancados do trabalhador brasileiro foram destinados a ditaduras.

Diversos desses contratos são caixas-preta até os dias atuais. Foram construídas obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias e aeroportos, sobretudo em países da América Latina e na África. Segundo o jornal O Globo, tais empréstimos causaram prejuízo anual de R$ 1,1 bilhão ao trabalhador, uma vez que são realizados com recursos do FAT, um fundo financiado com parte dos salários de cada trabalhador brasileiro.

Angola, Congo, Cuba, Gabão, Guiné Equatorial, Moçambique, Venezuela e Zimbábue foram os destinos prediletos dos presidentes petistas. Venezuela, Cuba e Moçambique deram calote de R$ 1,7 bilhão.

3) O baile dos empreiteiros

Segundo as investigações da Operação Lava Jato, as maiores empreiteiras do país formaram um cartel e dividiam as obras que cada um ganharia com a Petrobrás. Tudo sob o comando do PT, mas com favorecimentos ainda ao MDB e PP. No meio disso, empresas como Odebrecht e OAS, além da Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez foram largamente as maiores beneficiárias pelo governo petista — embora houvesse várias outras — e retribuíram com pagamento de vultosas quantias de propina.

A Odebrecht, por exemplo, retribuiu o favor depositando a título de propinas a importância de R$ 324 milhões ao longo de 5 anos para o PT, segundo delações premiadas. Entre os principais benefícios, ampliação de crédito para exportação a Angola e aprovação de medida provisória de Refis.

Já em relação a OAS, Lula realizou tráfico de influência para a empreiteira no exterior. A empresa tinha desejo de incrementar negócios em países como Peru, Chile, Costa Rica, Bolívia, Uruguai e nações africanas. lula se prontificou em ajudá-los. Em retribuição, foram feitas obras e reformas no sítio em Atibaia e no triplex do Guarujá, pelos quais Lula foi condenado. Ademais, a OAS deu R$ 215 milhões de reais em propina ao PT.

O Grupo Andrade Gutierrez fez doações ao PT em troca de favorecimento em contratos com estatais. Entre as denúncias, consta que bancou pagamentos de fornecedores da eleição da presidente Dilma Rousseff, em 2010, no valor de R$ 6,1 milhões, além de outros R$ 10 milhões na campanha de 2014. Estima-se que metade dos R$ 100 milhões da empresa 'doados' ao PT foi propina.

4) O baile dos lobistas

Segundo delação de Antônio Palocci, homem forte tanto do ex-presidente Lula quanto de Dilma, pelo menos 900 das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT motivadas por propinas.

Embora possa haver uma imprecisão nas informações — o PT editou 623 MPs —, e a delação ainda seja alvo de trâmite processual, há fortes evidências de que em algumas das MPs houve negociações ilícitas para inserir determinados conteúdos que beneficiassem grupos privados. Entre elas, duas são alvo de ações penais, como a MP 627, de 2013, que prorrogou incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos, além da MP 471, de 2009, que também beneficiou montadoras com a prorrogação de incentivos fiscais. As empresas automobilísticas Mitsubishi e Caoa estariam envolvidas, e ainda respondem por ação penal que investiga o caso.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br

O envelhecido discurso do PT contra a reforma (editorial de O GLOBO)

O tempo passou, e o chavão da ‘defesa do pobre’ foi desmascarado; daí os ataques pessoais ao ministro

As mais de seis horas da sabatina do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, sobre a reforma da Previdência, serviram para mostrar a falta que faz uma base parlamentar efetiva do governo para defender no Legislativo suas causas. Por isso, Paulo Guedes ficou exposto a um pelotão de fuzilamento de oposicionistas, PT e PSOL à frente, sem uma defesa à altura.

Mais importante que isso, porém, foi a demonstração dada por parlamentares da oposição de que seu discurso envelheceu. Continuam usando os mesmo chavões nos ataques ao que chamam de um projeto “contra o povo”, um repeteco do discurso do período do governo de FH (1994-2002), em que lulopetistas se opuseram também a mudanças necessárias na Previdência.

Depois, PT e aliados estiveram no Planalto por 13 anos, quando foram forçados a realizar algumas adaptações na Previdência, no caso, do funcionalismo público.

Também se envolveram em pesadas falcatruas, junto a grandes empresas e bancos, que antes demonizavam. Empresários foram beneficiados com farto dinheiro público no BNDES subsidiado pelo contribuinte, e bancos jamais reclamaram das altas rentabilidades amealhadas no ciclo lulopetista de governos.

É com espanto que se ouve agora, no primeiro embate em torno do projeto da reforma da Previdência, petistas e aparentados repetindo a discurseira de antes de 2003, de que a reforma é feita para os “banqueiros” e patrões em geral. É o que se chama de memória seletiva: nada aprendem, lembram-se apenas do que convém.

Parece que não existe a Lava-Jato, em cujos processos está relatado, com detalhes, como a cúpula do PT e de partidos aliados articulou, ao lado de grandes empresas de engenharia, um assalto bilionário à Petrobras e a outras empresas públicas. O ex-presidente Lula não está preso por acaso.

O tempo passou, a crise da Previdência tornou-se mais grave, e o debate que transcorre há anos sobre o tema produziu, e continua a produzir, enorme quantidade de dados sobre a condenação à quebra financeira do sistema de seguridade. Lastreado no regime de repartição (a contribuição dos mais jovens ao INSS é que paga os benefícios aos mais velhos), o sistema tende de forma inexorável à falência, impulsionado pelo fenômeno demográfico do envelhecimento da população.

É impossível a oposição reunir argumentos substantivos contra a reforma. Resta, então, o discurso de chavões político-ideológicos. Sempre foi assim. Inaceitáveis são os termos com que o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) — filho do ex-ministro José Dirceu, mensaleiro condenado e preso por corrupção — se dirigiu ao ministro Paulo Guedes. Ferem o decoro nos debates no Legislativo, mas servem para comprovar a impossibilidade de a oposição ser convincente nos ataques à reforma.

Ficou sem resposta a afirmação de Guedes de que, enquanto se gastam R$ 700 bilhões em aposentadorias, destinam-se apenas R$ 70 bilhões para a educação. Descuida-se das novas gerações. Há muitos dados,também, para mostrar que o pobre já se aposenta ao 65 anos, a fim de receber um salário mínimo. Enquanto castas do funcionalismo — como as do Legislativo — ganham R$ 28 mil mensais, como disse o ministro. Este é o debate a ser travado com sindicatos de servidores que se tornaram braços petistas, por meio da CUT. As reações à reforma indicam quem está defendendo privilégios. (O GLOBO).

 

Por: João Batista Olivi
Fonte: Notícias Agrícolas/Gazeta/OGlobo

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