Mídia entra em crise com crescimento de Bolsonaro, e perde o foco ao não reconhecer o fenômeno social nesta eleição

Publicado em 28/09/2018 15:10
Entrevista com Antônio Fernando Pinheiro Pedro, autor do artigo "A Mídia em Clima de Baixaria"
Antônio Fernando Pinheiro Pedro - Advogado e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa

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Entrevista com Antônio Fernando Pinheiro Pedro sobre a Mídia em Clima de Baixaria

 

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Após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, autorizar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva a conceder uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o Notícias Agrícolas ouviu o advogado Antônio Fernando Pinheiro Pedro, Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa (API) sobre essa decisão monocromática do ministro do Supremo.

Para Pinheiro Pedro, do ponto de vista do direito, a autorização não se sustenta por ser flagrante ilegal: “Está estabelecido no regime prisional que a autorização judicial somente se faz em casos especialíssimos e geralmente diz a respeito à conexão do individuo com o fato pelo qual foi detido”. No entanto, prevaleceu a decisão isolada do miinistro Lewandowski.

O advogado destaca que atualmente cada ministro do Supremo Tribunal Federal decide por conta própria cada caso. “Nós temos uma distorção muito grave no judiciário brasileiro graças a esse expediente utilizado no Supremo. É grave essa circunstância”, diz Pinheiro.

Já no ponto de vista da mídia, o jornal Folha de S. Paulo conseguiu uma entrevista exclusiva  que poderia transformar-se num furo de reportagem caso houvesse questionamentos e isenção. “Uma coisa é a matéria jornalística sobre o fato. A outra coisa é dar um enfoque político em que não se tem a isenção”, afirma.

No entanto, o veiculo está solicitando uma entrevista como órgão de imprensa para uma matéria jornalística, ou seja, vão ser abordados os fatos da corrida partidária. “Neste cenário, os fatos acabam desequilibrando a devida a falta de isenção que deveria haver em um tipo de jornalismo como este, que deveria ser factual”, destaca.

O advgado Antonio Fernando ressalta que outros veículos também solicitaram entrevistas com o agressor de Bolsonaro (Adélio Bispo) mas que acabaram proibidas pelo TRF-3 com base no regimento prisional. “Dentre outros motivos para ter negado a solicitação foi a legislação qaue estabelece que não é possível um juiz fora do ambito do Tribunal Regiona Eleitoral autorizar uma entrevista para um órgão de imprensa em meio ao processo eleitoral”, pontua.

Sobre o emvolvimento partidário da mídia nesta eleição, o advogado comenta sobre a existencia de "infiltração em pinça" dentro das redações. “Nos últimos anos, as grandes mídias se tornaram dependentes econômicos do estado. Isso decorre do preço do papel e da carga tributária que os veículos de mídia são obrigados a enfrentar, além da perda de patrocínio por conta das sucessivas crises econômicas”, conta.

Com isso a dependencia do estado passou a ser determinante para a manutenção de grande parte das empresas de comunicação, que acarretou a uma gradativa perda de editorial desses grandes grupos.

FUX CONCEDE LIMINAR CONTRA ENTREVISTA DE LULA À FOLHA (em O Antagonista)

Na noite de ontem o ministro do STF Luiz Fux  deferiu (aceitou) liminar contra a decisão de Ricardo Lewandowski de permitir que o presidiário Lula desse entrevista à Folha de S.Paulo.

O ministro atendeu a recurso do Partido Novo.

Eis o trecho mais importante da decisão:

 

“Defiro a liminar, ad referendum do Plenário, com fulcro no art. 4º da Lei n.º 8.437/92, para suspender ex tunc os efeitos da decisão proferida nos autos da Reclamação n.º 32.035, até que o colegiado aprecie a matéria de forma definitiva. Por conseguinte, determino que o requerido Luiz Inácio Lula da Silva se abstenha de realizar entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação, seja a imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o público em geral. Determino, ainda, caso qualquer entrevista ou declaração já tenha sido realizada por parte do aludido requerido, a proibição da divulgação do seu conteúdo por qualquer forma, sob pena da configuração de crime de desobediência (art. 536, § 3º, do novo Código de Processo Civil e art. 330 do Código Penal). Intimem-se com urgência, por meio eletrônico ou outro que garanta máxima celeridade, a 12ª Vara Federal de Curitiba, o Superintendente da Polícia Federal no Paraná, a Empresa Folha da Manhã S.A., Mônica Bergamo e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Dê-se ciência à Procuradora-Geral da República. Publique-se. Intimem-se.”

Confira o artigo de Antônio Fernando Pinheiro Pedro, publicado originalmente no Instituto Liberal:

MÍDIA EM CLIMA DE BAIXARIA

A grande imprensa joga a reputação às favas e tenta destruir a figura pública de Bolsonaro

“Na guerra, a verdade é a primeira vítima.” 
― Ésquilo

Baixaria total!
Bateu o desespero na turma da mesmice e, diante da clara polarização que se avizinha, o establishment aciona sua mídia amestrada para destruir  a honra e difamar a figura do líder Jair Bolsonaro. 

Como a mídia foi amestrada

Nos anos FHC, Lula, Dilma e Temer, concretizou-se uma relação de firme dependência econômica dos veículos de mídia para com o Estado. Os principais meios de comunicação no Brasil, passaram a sobreviver de patrocínios proporcionados pelas verbas de propaganda governamentais e de empresas estatais. 

A cracolândia midiática expandiu-se no lulopetismo, cooptando a mídia digital. O governo passou a financiar os Blogs sujos (mantidos por partidos e governos), e as assessorias lobistas de imprensa (ou da imprensa lobista),  no que se chamou de propina chapa-branca. 

A infecção, durante esse mesmo período, se intensificou também pela pura e simples infiltração marxista na universidade, que transformou cursos de jornalismo em fábricas de militância esquerdista. Por óbvio, a massa de comunicólogos esquerdizóides passou a preencher as vagas disponíveis no mercado e, de quebra, barrar a carreira dos jornalistas independentes.

O aparelhamento ideológico nas redações caça, cerca, segrega e "silencia" os jornalistas mais experientes, que não comungam com a nova cartilha.  Um procedimento chamado "infiltração em pinça".  

Para os que ousam divergir do establishment, resta o esgotamento econômico por meio da judicialização, mantida pela indústria das indenizações promovida por "autoridades ofendidas", "minorias perseguidas" e  fiscais do "politicamente correto". 

Assim, as grandes estruturas de mídia vêm destruindo seu glorioso passado, tomadas, domadas e "amestradas" pelo establishment e seus prepostos. 

Só não ocorreu o pior - o chamado "controle social" da liberdade de imprensa,  porque o Supremo Tribunal Federal evitou que o corporativismo se apoderasse da carreira de jornalismo, permitindo o exercício livre da atividade intelectual a todo indivíduo que pensa. 

O lixo, no entanto, resultou no fenômeno da mídia amestrada, que mama nas tetas dos grandes bancos e amplia sua dependência econômica renegociando débitos fiscais, "apoios culturais" e financiamentos por instituições públicas. 

Essa mídia vê em Bolsonaro o risco à manutenção do seu "vício". Por isso mesmo, se engaja na busca da destruição da ameaça.

Não bastou a tentativa de assassinato 

Como o adversário ainda não morreu, é necessário, agora, articular para torná-lo culpado da própria facada recebida. 
Para tanto, os escroques profissionais articulam com o sicário esfaqueador (que não agiu sozinho), uma entrevista exclusiva televisão, de forma a permitir-lhe, de novo, esfaquear moralmente seu desafeto político. 

Com isso, a imprensa amestrada, o governo federal e o judiciário, sórdidos como nunca, transmitirão, de forma didática ao povo brasileiro,  a seguinte lição:  no Brasil, quem tem prestígio com juiz, jornalista, procurador e delegado... é o criminoso. 

Antes, porém, de executar essa suprema indecência, o pool de sicários midiáticos articulou o lance nojento de transformar um telegrama especulativo em pretexto para atribuir comportamento misógino ao "inimigo". 

O jornal Folha de São Paulo usou um comunicado de duas linhas -  transmitido  oito anos atrás, na troca de informações dentro do Itamarati, sobre viagem de um menor para o exterior não autorizada pelo pai, como mote para uma manchete mentirosa -   manchete desmentida no próprio bojo da matéria, linha por linha,  tornando insubsistente até mesmo a origem da informação contida no indigitado documento. 

Fosse um jornal sério, o material não subiria à pauta. Qualquer chefe de redação vetaria. No entanto, a matéria subiu, contendo todos os senões , com manchete escandalosa e um lide mentiroso.

Seguiu-se a reação em cadeia do restante da imprensa, denotando a sincronia dos veículos na produção da "pós verdade", falseada com o único intuito de prejudicar a honra, a dignidade e a imagem do candidato Bolsonaro, e implicar sua ex-mulher. 

Além das medidas judiciais cabíveis, era caso até de se buscar  saber como um telegrama interno e confidencial, relativo a uma questão de família - que judicialmente é tratada sob sigilo - poderia ter chegado às mãos da imprensa suja. Mas em um sistema que blinda o criminoso enquanto expõe a vítima ao escárnio... o que se poderia esperar?
   
Fogueira da obsessão 

Como dito, o episódio parece ter sido um "esquenta", para "harmonizar" o discurso dos  meios de imprensa amestrados. Esse conluio inclui programas protagonizados por analistas "isentões" - insentos de caráter e plenos de leviandade, na TV e no rádio. 
Patente que o movimento deletério deverá se intensificar, manchando a história do jornalismo brasileiro em prol de um resultado eleitoral igualmente abjeto

A baixaria é similar à relatada na música de Kurt Corbain, "Smells Like Teen Spirit" (Cheira como Espírito Adolescente),  inclusive na negação após ter sido pior no que fez de melhor ( na letra: "I'm worse at what I do best / And for this gift I feel blessed"). Porém, ao contrário dos amiguinhos retratados na obra musical, a turma da baixaria real faz terra arrasada do ambiente democrático no Brasil.

O pool da mídia amestrada não irá descansar até "entregar" o produto exigido pelo establishment que a alimenta: a cabeça de Jair Bolsonaro em uma bandeja de prata. 

Como não podem queimá-lo vivo, como ocorria na Santa Inquisição, tratam de fazê-lo "em efígie" - instigando uma malhação de judas atrás da outra, como é o caso do sintomático movimento #EleNão -  um movimento digno de análise freudiana, pois não é um protesto mas, sim, a  afirmação de uma obssessão... 


Ultimo recurso: a Lei de Goldwin

A lei de Godwin  das analogias nazistas ("Godwin's law" ou "Godwin's Rule of Nazi analogies")  foi criado de forma satírica em 1990, pelo arguto advogado americano Mike Godwin, observando então os debates ocorrentes na nascente internet. Essa regra aplica-se hoje, integralmente, à curva de esgotamento dos debates em rede, surgidos nos meios digitais e, também, na imprensa. 

Segundo Goldwin: 

"À medida que uma discussão online se alonga, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou os nazistas tende a 100%."

A comparação estereotipada costuma aparecer independentemente do tema em questão, sendo mais frequente em discussões sobre política ou religião. 

Tradicionalmente, nas listas e fóruns de discussão, e na mídia, há um consenso de que a comparação com Hitler (ou com os nazistas) é introduzida no momento em que o contendor já esgotou todos os argumentos razoáveis, ou seja,  de fato perdeu a discussão. 

O chamado "ponto Goldwin", assim, é  utilizado por quem, de fato, não tem mais argumentos.  Exatamente o que agora começa a ocorrer em massa, pelos adeptos da mesmice, contra Bolsonaro.

A imprensa amestrada brasileira, no entanto, tamanho o desespero, já ultrapassou o "ponto Goldwin", e assumiu a mais completa baixaria. 

Assim, tudo se pode esperar nos próximos dias... até mesmo o tiro sair pela culatra, e o espírito solidário do brasileiro falar mais forte ante os excessos evidentes da maledicência. 

O ideal, portanto, para quem já está seguro do voto,  é manter o foco no apoio eleitoral ao candidato. 

Por: João Batista Olivi e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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