Trump e a interferência de suas decisões na economia mundial
Nesta terça-feira (31), o economista da FARSUL, Antônio da Luz, conversou com o Notícias Agrícolas a respeito dos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, em um debate com os jornalistas Aleksander Horta e João Batista Olivi.
Com algumas agências de notícias divulgando que os Estados Unidos e a China buscam retomar as negociações para desarmar essa guerra, os preços começaram a subir em Chicago e voltar para o patamar dos US$9/bushel.
Luz salienta estar torcendo para que a guerra "se encerre antes de começar". Apesar de concordar com alguns posicionamentos do presidente norte-americano, Donald Trump, o economista visualiza que as coisas têm limite e regras, de forma que uma guerra comercial não seria benéfica para o momento.
Ele chama a atenção para que o longo prazo não seja morto em função do curto prazo. "No hoje, tudo funciona", ressalta Luz. O economista lembra, ainda, que para o agronegócio brasileiro crescer de forma sustentada, o crescimento econômico mundial também tem que se manter presente.
Confira o debate completo no vídeo acima
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Marcelo De Baco Viamão - RS
Caros Antônio Da Luz, Aleksander Horta e João Batista Olivi..., a safra americana de soja somente estará no mercado a partir de setembro próximo. Qualquer alta nos preços de soja, neste momento, impactaria nos preços das proteínas animais, seja com destino para o mercado interno ou para exportação. Todo o soja esmagado agora nos EUA será diminuído dos estoques remanescentes; porque eles flexibilizariam suas posições agora? Neste momento, os maiores volumes disponíveis estão no Brasil e não poderemos atender toda a demanda chinesa... Seria mais interessante para os EUA fechar acordos próximo da colheita deles, pois os produtores seriam beneficiados por uma eventual retomada dos preços. De outro lado, se a China quer crescer, e a infra estrutura necessária demanda minério de ferro e alumínio, é interessante para eles que ambos estejam disponíveis a preços mais acessíveis para sua demanda interna. Chego a conclusão de que este conflito é de interesse mútuo, por isto está morno e com eventuais rompantes teatrais. Nossa estratégia seria de buscar novos mercados, ampliar a penetração do nosso farelo e carnes, vendendo produtos de maior valor agregado ao invés de permanecermos como fornecedores de matéria prima. Veja que os benefícios da chamada lei Candir, não reflete em preços melhores aos produtores, pois o benefício da desoneração das exportações foi transferido como "desconto" aos importadores de matéria prima. As Américas detêm 86% da produção mundial de soja, seria mais interessante evoluir para um modelo que proporcionasse a exportação de proteínas e/ou melhor dizendo, vender mercadorias com maior valor agregado, já que a matéria prima está aqui no nosso quintal. Reconheço que é um modelo que carece de planejamento e negociações, porem não me parece lógico que o soja saia daqui para os portos asiáticos e que eles produzam farelo de soja para depois distribuir, enquanto poderíamos vender a farelo pronto, nas especificações dos clientes. Por favor não se ofenda, apenas exponho aqui um pensamento fora da caixa. Abraço; Marcelo De Baco.