O Brasil da desesperança, desemprega...

Publicado em 11/07/2018 19:34
STJ nega 143 HCs para Lula e diz que Judiciário não é "balcão de reivindicações"
João Batista Olivi - Jornalista

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O Brasil da desesmperança , desemprega

 

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Venda de cimento cresce em junho, mas setor vê nova queda em 2018

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de cimento no Brasil tiveram forte alta em junho na comparação anual, mas o movimento foi atribuído pelo setor à dificuldade nas entregas no final de maio, gerada pela greve dos caminhoneiros, e não uma melhora na demanda pelo insumo.

Segundo dados da entidade que representa os fabricantes de cimento do país, Snic, as vendas do insumo em junho somaram 4,972 milhões de toneladas, um crescimento de 13,2 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado, e expansão de 38,6 por cento frente ao volume de maio.

"Deu uma melhorada (nas vendas), mas isso foi uma consequência do represamento das vendas do período entre final de maio e início de junho", disse o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna.

"As primeiras informações que tivemos é que a última semana de junho foi muito fraca, muito em linha com a queda da produção industrial", acrescentou Penna.

Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de maio, a produção industrial do país caiu 10,9 por cento em maio sobre abril e recuou 6,6 por cento no comparativo anual.

Com o desempenho do mês passado, os produtores de cimento do país fabricaram no primeiro semestre 25,392 milhões de toneladas, uma queda de 1,5 por cento na comparação com um ano antes.

Na avaliação do presidente do Snic, o setor deverá agora ter em 2018 uma quarta queda consecutiva de vendas, ante expectativa mais cedo neste ano de que a comercialização poderia crescer 1 ou 2 por cento. A entidade ainda não concluiu cálculo de nova projeção para o ano.

Tradicionalmente, o desempenho do segundo semestre é melhor que a primeira metade do ano, mas, mesmo que essa tendência seja mantida em 2018, Penna avalia que as vendas da segunda metade do ano teriam que crescer cerca de 10 por cento apenas para o ano empatar com 2017.

"Muito provavelmente vamos fechar o ano com um número negativo de vendas", disse Penna, citando a queda nas confianças dos empresários e dos consumidores após a greve dos caminhoneiros e as incertezas sobre a economia geradas pelo processo eleitoral.

Além do quadro econômico fraco, Penna citou impactos ao setor gerados pela tabela de frete rodoviário, cuja medida provisória que a instituiu no final de maio foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira.

O presidente do Snic afirmou que os fabricantes estão negociando a "melhor forma" de frete para escoar a produção com milhares de caminhoneiros autônomos, que "guardam hoje uma relação de fidelidade e reciprocidade" com as empresas.

Penna afirmou que, se implementada na totalidade, a tabela poderia mais que dobrar a base de custos dos fabricantes ante nível atual de 28 por cento da receita líquida. A tabela está sendo questionada na Justiça por empresas e entidades do setor privado.

"É impossível utilizar essa tabela no quadro atual de matéria-prima em alta e preço (do cimento) em baixa e ainda ter algum resultado para indústria", disse Penna. (Por Alberto Alerigi Jr.)

Brasil vai avaliar consulta à OMC sobre restrições da China a carne de aves e açúcar

BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quarta-feira a produção de estudos para consultas à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as decisões da China que restringiram exportações de carne de aves e açúcar do Brasil ao país asiático.

As medidas impostas recentemente pelo governo chinês são salvaguarda para importação de açúcar e aplicação de direito antidumping sobre carnes de aves.

"O governo brasileiro também poderá fazer consultas ao órgão multilateral sobre o Sistema de Licenciamento de Importação Automático chinês", afirmou a Camex em nota à imprensa.

"Medidas de defesa comercial adotadas pela China já foram alvo de oito disputas na OMC. O país asiático foi condenado em todos os casos que evoluíram para fase de painel", disse a Camex.

A China anunciou em 22 de maio que vai cobrar tarifa adicional de 45 por cento sobre importação de açúcar, atendendo pleitos de produtores domésticos e afetando grandes exportadores do produto como Brasil e Tailândia.

Já no início de junho, a China impôs direito antidumping provisório sobre as importações de carne de frango brasileira, que passaram a ter de pagar tarifas de 18,8 e 38,5 por cento sobre o valor dos produtos.

Em comunicado, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que apoia os estudos para consultas do Brasil à OMC com relação às vendas de carne de aves e que as vendas externas brasileiras "complementam o atendimento à demanda local". Segundo a entidade, a decisão final sobre a continuidade da tarifação será anunciada no próximo mês pelo governo chinês.

CMO aprova LDO 2019 e mantém vedação a reajustes do funcionalismo

BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quarta-feira o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, que veda a concessão de reajustes salariais ao funcionalismo público e que estabelece meta de déficit primário de 132 bilhões de reais para o setor público consolidado, sexto resultado anual consecutivo no vermelho.

O projeto da LDO ainda precisa ser votado em sessão conjunta no Congresso Nacional, prevista para ocorrer ainda nesta quarta-feira.

Numa mudança em relação ao que originalmente pretendia, o relator do texto, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), diminuiu a obrigação do corte de despesas de custeio a 5 por cento em relação à programação para 2018. Antes, a tesourada era de no mínimo 10 por cento.

Mesmo assim, ele avaliou que o projeto seguiu fiel à proposta de não ampliar quadro de dificuldades para o futuro governo.

"O espírito principal do projeto, que era de fato não aumentarmos a despesa pública, foi atingido. Será atingido por inteiro se nós tivermos a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias na noite de hoje na sessão do Congresso", afirmou, após concluída a sessão na CMO.

O texto propõe uma série de outras medidas de restrição, como a proibição à compra de automóveis e imóveis funcionais a todos os poderes durante o exercício.

O projeto também determina que o governo apresente até o fim de março um plano para reduzir em dez anos o montante de renúncias tributárias a 2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante cerca 4 por cento atualmente, patamar equivalente a cerca de 300 bilhões de reais anuais.

Em outra frente, institui que nenhuma nova renúncia poderá ser criada em 2019 e as que vencerem só poderão ser prorrogadas se tiverem seus valores reduzidos.

Em relação aos resultados fiscais, o relatório estabeleceu uma meta de déficit primário de 139 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e Previdência); déficit primário de 3,5 bilhões de reais para estatais; e superávit primário 10,5 bilhões de reais para o governo central (Estados e municípios).

O texto também manteve as projeções econômicas apresentadas pelo governo em sua proposta original, considerando um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5 por cento em 2018 e de 3 por cento em 2019. Mas Beber ressalvou que estimativas mais atuais já indicam que o crescimento neste ano não deve ocorrer no ritmo esperado pelo governo.

"Se esse quadro de fragilidade se confirmar e eventualmente determinar alterações nas expectativas, o próprio texto do substitutivo permite que o Poder Executivo se utilize de novos parâmetros para elaborar o projeto do orçamento de 2019", pontuou ele no relatório, em referência ao projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), que o governo deve enviar ao Congresso até agosto.

No mercado, economistas estimam que o PIB terá uma expansão de 1,53 por cento este ano e 2,5 por cento no ano que vem, conforme boletim Focus mais recente, produzido semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de economistas. O próprio BC revisou para baixo sua expectativa de crescimento do PIB neste ano a 1,6 por cento, sobre 2,6 por cento antes.

O governo deve ir pelo mesmo caminho, diminuindo sua projeção para a atividade no próximo relatório de receitas e despesas, a ser divulgado no fim da próxima semana.

Fonte: NA

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