Politica protecionista de Trump provoca volatilidade no mercado e abre espaço para uma nova configuração econômica mundial
Nesta quarta-feira (14), o Notícias Agrícolas conversou com o economista Roberto Troster para discutir os novos capítulos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, em um momento no qual o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaça taxar novos produtos.
Para Troster, o protecionismo do aço poderá proteger 1,4 milhões de empregos, mas piorar a situação de 7 milhões de empregos que dependem diretamente do produto como matéria-prima. "É uma política míope e parcial", avalia.
Ele destaca o exemplo do Brexit para destacar que "isolacionismo é um tiro no pé", já que a União Europeia ficou mais forte e os britânicos irão ter um menor crescimento. Assim, Troster acredita ser razoável prever que o mundo irá ficar mais unido sem os Estados Unidos e que os grandes perdedores desta guerra serão eles. Este fator até poderá trazer uma volatilidade econômica de curto prazo, mas a médio e a longo prazo haverá um mundo unido, com os norte-americanos excluídos.
A situação para o Brasil, conforme ele visualiza, irá depender da atitude do Brasil. Se o país tentar se integrar, será bom. Se ficar como espectador, também deve ficar isolado. O economista aponta que a primeira parte seria que toda a sociedade discutisse essa questão com os candidatos, tendo em vista o ano de eleições. Por outro lado, uma integração maior entre Brasil e Argentina facilitaria o trabalho para conquistar novos mercado, sobretudo no agronegócio.
"A maior produção de soja do mundo fica na Argentina e no Brasil e a maior bolsa fica em Chicago. Isso não faz sentido", acredita o economista. Para ele, a construção de uma bolsa local seria um projeto importante e também não seria difícil. "É só ter força de vontade e determinação".
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