Álvaro Dias: Lei é para ser cumprida, e Lula tem de ser preso...
Nesta terça-feira (06), os jornalistas João Batista Olivi e Aleksander Horta, do Notícias Agrícolas, conversaram com o pré-candidato à presidência da república Álvaro Dias (Podemos/PR). Respondendo às perguntas elaboradas pelos jornalistas e pelos internautas, Dias versou sobre diversos temas que envolvem o país, bem como apontou que sua candidatura vem ao encontro de "fazer a leitura das necessidades corretas para a população".
Confira alguns dos temas debatidos:
Participação de Lula nas eleições
Dias diz defender "o respeito à justiça" e que "será falácia se a legislação não for respeitada". Ele possui um projeto que legitima a prisão em segunda instância e acredita que as pesquisas estão equivocadas em destacar o favoritismo do ex-presidente, já que outros resultados demonstram que 54% dos brasileiros desejam a prisão do mesmo.
Privilégios
O senador também pretende combater os privilégios recebidos pelos três poderes. Em 2017, ele abriu mão do recebimento do auxílio-moradia, da verba indenizatória, do salário de ex-governador e de passagens aéreas, economizando um total de 706.006,48 reais. Para ele, as reformas só podem ser feitas com credibilidade caso essas questões sejam colocadas em pauta.
Ele, que defende a investigação do atual presidente, Michel Temer, também apresentou um projeto para acabar com o foro privilegiado, que aguarda votação desde junho.
Reformas
Para Dias, a atual proposta da reforma da previdência é simplista e não alcança a complexidade social do país. "Ela deveria ser mais inteligente, mas é necessária", atesta o pré-candidato. Ele também tem entre suas prioridades uma reforma tributária e também uma reforma do sistema federativo.
Agronegócio
O senador salientou a necessidade da criação de uma linha de crédito facilitada para a construção de armazéns, bem como o investimento em logística, de modo que estradas, ferrovias e a navegabilidade fossem pontos prioritários.
MST
Dias, que presidiu a CPI da Terra, acredita que o Movimento dos Sem-Terra (MST) foi legítimo em sua criação, quando despertou o interesse em torno da reforma agrária, mas que seu propósito atual foi quebrado, gerando invasão de propriedade e afiliação a partidos políticos.