Câmbio com volatilidade em 2018 por causa das eleições, mas tendência é de queda para o final do ano, podendo chegar aos R$ 3,10
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Câmbio com volatilidade em 2018 por causa das eleições, mas tendência é de queda para o final do ano, podendo chegar aos R$ 3,10
Roberto Troster, economista da Integral Trust Consultoria, aposta em uma retomada da economia brasileira que deve se estender para o próximo ano. Segundo ele, o setor agrícola, por sua vez, é um dos grandes responsáveis pelo feito - o Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve crescer 10% em 2017, enquanto o PIB referente a todo o país, 1%.
Ele diz que essa retomada, até o momento, é lenta, beneficiando mais alguns setores do que outros. Contudo, ele espera que o PIB cresça 3% em 2018, fruto de um entusiasmo mais forte no mercado, embora visualize que questões como o desemprego precisem de uma política mais focada para serem sanadas.
Países que costumam realizar negócios com o Brasil, como a China, os Estados Unidos, a Argentina e também o bloco da União Europeia, se mostram em um bom cenário econômico. Para o economista, é bom que essas economias estejam caminhando de forma positiva para que a comercialização siga avançando.
Internamente, a inflação deve continuar em baixa, mas as eleições podem trazer volatilidade ao câmbio, sendo influenciada pelas pesquisas eleitorais realizadas ao longo do ano. Por sua vez, o fluxo esperado de dólares é maior, com um diferencial de taxa de juros, que segue alta em relação a outros países.
Para o agronegócio, as commodities em alta trazem baixos riscos no quadro externo, mas o câmbio deverá ser monitorado de perto para que os produtores não criem dependência em torno de um patamar, bem como para que não corram riscos ao decorrer do ano.