Provocação de hoje: Por quê Reinaldo Azevedo critica os procuradores da Lava Jato?

Publicado em 31/07/2017 16:59
O jornalista Reinaldo Azevedo, até então louvado pela direita e liberais, por enfrentar praticamente sozinho o avanço avassalador dos esquerdistas na era Lula/ Dilma, agora se transforma em "vidraça" da mesma direita ao criticar os procuradores da Lava Jato. Por que Reinaldo estaria adotando esta postura?? Participe... Dê sua opinião...
Confira a entrevista com João Batista Olivi - Jornalista

Saiba a opinião do jornalista João Batista Olivi sobre as críticas feitas por Reinaldo Azevedo em seu blog em um debate ao vivo. Concorde, discorde, mas não deixe de mandar sua opinião. Fale com a gente pelo Fala Produtor.

REINALDO AZEVEDO:

O vazamento das fantasias da holding “J&J” e a subordinação intelectual à “FORCA TAREFA”

Bem, se a JBS nunca deu uma contribuição que não fosse propina, então praticamente todos os partidos estão sob suspeição. Não basta derrubar Temer; é preciso fechar o Congresso (https://www3.redetv.uol.com.br/blog/reinaldo/post/)

Se alguém me dissesse que o grupo JBS celebrou um acordo de delação com o Grupo Globo, não com a Procuradoria Geral da República, eu acabaria acreditando. Afinal, os tais documentos a que revista teve acesso para anunciar, na capa, um novo fim do mundo (o dito-cujo já acabou umas cinco vezes) deveriam ter sido enviados à PGR, selecionados, analisados etc. E depois se tornaria público o que é consistente. Mas quê… Uma longa reportagem empresta detalhes à tese absurda, estúpida, mas que é do agrado do Ministério Público Federal, de que só a JBS repassou a políticos R$ 1,1 bilhão entre 2006 e 2014. Sim, entende-se que era tudo propina.

Sabem o que isso significa?

Que a imprensa não está aprendendo nada com a crise.

Que o Ministério Público não está aprendendo nada com a crise,.

Que os brasileiros, na média, não estão aprendendo nada com a crise.

Quem lê o jogo logo constata que o país é hoje refém de mistificadores e vigaristas.

Vamos ver. Desde que Ricardo Saud, um dos ex-canalhas da ex-gangue do ex-bandido Joesley Batista anunciou que havia pagado propina a 1.829 candidatos eleitos — e há, claro!, os não-eleitos —, pensei: “Quer dizer que nunca houve uma doação em que o recebedor não estivesse praticando corrupção passiva? Se é assim, então os crimes de Joesley e seus ex-vagabundos morais não são apenas 245, como o confessado. Só de corrupção passiva, convenham, há um mínimo de 1.829 imputações.”

Ocorre que, na média, jornalista não quer pensar mais nada. Se alguém da “Forca Tarefa” — sim, escrevi “forca” mesmo… —, então deve ser verdade.

Espero que as pessoas empenhadas em barrar a denúncia mixuruca de Rodrigo Janot contra Michel Temer tenham feito o devido uso pragmático da reportagem de “Época”. O que está lá é uma advertência do que virá se o presidente cair. Ninguém, a não ser algum santo escolhido depois de um reality show no Projac, terá condições de assumir a Presidência da República. O que se faz, naquela reportagem, notem bem, é demonizar todo o processo político.

Ainda que aquele volume de “transferência” fosse verdadeiro, não se distinguem doações legais de ilegais; caixa dois com contrapartida de caixa dois sem contrapartida; caixa um sem contrapartida de caixa um com contrapartida. O que “Época” publica é, na verdade, parte do arranjo feito pela holding moral “J&J“: Joesley e Janot. Infelizmente, a maioria dos jornalistas e colunistas — em especial “os” e “as” que tentam aparentar independência — são intelectualmente dependentes da Lava Jato e não têm coragem de apontar a fraude. Como temem o alarido e não querem ser xingados nas redes sociais pelas hostes da ignorância militante, então fazem a análise do acochambramento.

Tornada pública na antevéspera da votação da Câmara que vai decidir se a denúncia feita por Janot contra Temer será ou não enviada ao Supremo, cumpriria que até os deputados de oposição — cujos partidos estão na lista — pensassem um pouquinho, não é mesmo? É claro que mais esse vazamento foi feito de olho no calendário, para influenciar os votos: afinal, é também uma reportagem anti-Temer. Ocorre que ninguém escapa ali.

Mais: levar aquela estrovenga a sério corresponde a comprar uma versão que a investigação, depois, não consegue sustentar. Vale a pena deixar que o processo político seja pautado por bandidos? A resposta, obviamente, é “não”.

Mais: Vejam o caso de Sérgio Machado. A Polícia Federal procurou evidências de que suas vítimas estavam tentando obstruir a Lava Jato e nada encontrou. Era uma ficção na qual só os procuradores e Sérgio Moro acreditaram. As delações feitas pela penca de diretores da Odebrecht já começam a dar problema. Ainda voltarei a esse assunto. Vem muita confusão por aí. E, acreditem, serão a própria Polícia Federal e as áreas salubres da Justiça a evidenciar o desastre provocado por Rodrigo Janot e seus fanáticos.

Ele tinha tudo para conduzir a operação para um lugar seguro e para fazer dela uma referência no combate à corrupção. Em vez de pensar como homem de Estado, dotado de um formidável poder, preferiu ser o gendarme de quarteirão, alimentando tentações golpistas.

O que traz as páginas de Época é expressão desse delírio. Creio que a reportagem tenha ajudado Temer a ganhar mais alguns votos.

Bolsonaro ignora Malafaia ao escolher nanico ligado à Assembleia de Deus (FOLHA DE S. PAULO)

     
Pastor Everaldo batiza Bolsonaro no rio Jordão em 2016; hoje os dois romperam publicamente

THAIS BILENKY
DE SÃO PAULO

À revelia de lideranças da Assembleia de Deus, maior igreja evangélica do país, o deputado Jair Bolsonaro escolheu o PEN (Partido Ecológico Nacional) para se lançar à Presidência em 2018.

Com a decisão, ele se desligará do PSC, vinculado à cúpula da denominação religiosa, para ingressar em uma sigla sem influência no segmento evangélico e pequena estatura.

Em compensação, terá ascedência sobre o comando da sigla e ocupará ao menos seis cargos na Executiva.

Fundado em 2012 pelo ex-deputado estadual Adilson Barroso, que se define como ambientalista não radical, o PEN tem hoje três deputados federais e 15 estaduais.

A ida de Bolsonaro, se confirmada, deverá trazer uma leva de filiados. Segundo a Folha apurou, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), seu filho, e outros 15 deputados federais aproximadamente, além de 15 estaduais são esperados.

O partido também promete mudar de nome. Uma enquete em rede social mostrou preferência de simpatizantes pela denominação Patriota.

"Está 99,9% fechado, estamos só esperando a assinatura do 'casamento partidário', por isso o 0,1%", afirmou o presidente do PEN. A assessoria do deputado confirmou que a troca está acertada, mas não concluída.

A ampliação da bancada do PEN na Câmara pode ser fundamental para a campanha de Bolsonaro, caso o Congresso aprove o fim das coligações e assim restrinja o cálculo do tempo de TV ao número de cadeiras do partido do candidato.

SILAS MALAFAIA

O potencial presidenciável contrariou a recomendação de líderes da Assembleia de Deus ao anunciar a desfiliação do PSC e tornar pública sua briga com o presidente do partido, Pastor Everaldo.

Citado na Operação Lava Jato, Everaldo perdeu prestígio no segmento evangélico.

Bolsonaro, cujo discurso é baseado na crítica à corrupção, menciona frequentemente o envolvimento de Everaldo na operação e o ataca por coligações com siglas de esquerda como o PC do B.

Everaldo não quis comentar. Disse apenas que "deseja muito boa sorte" ao deputado "nessa nova jornada".

"Eu falei para Bolsonaro que achava que ele tinha que ficar no PSC e conquistar o partido, independentemente do Everaldo", afirmou o pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. "Eu disse a ele: 'Ganhe o partido, é uma maneira de mostrar a sua capacidade política'."

Malafaia, que se disse dividido entre apoiar em 2018 Bolsonaro ou o prefeito paulistano João Doria (PSDB), afirmou que o comando do PEN "é um zero à esquerda no mundo evangélico, não tem nenhuma influência".

Fiel da Assembleia de Deus em Barrinha (SP), região de Ribeirão Preto onde foi cortador de cana na infância, Barroso reconheceu não ter influência na igreja, mas garantiu que vai se dedicar a conquistar votos.

"Não tenho entrada nenhuma, mas é natural que a gente vá a todos os segmentos, de todas as religiões, para mostrar que temos habilidade para gerir o Brasil", disse ele, que emendou que não "mistura política com religião".

Evangélicos estão à frente do partido e comandam diretórios em Estados como Paraná e Mato Grosso do Sul. (na FOLHA DE S. PAULO).

Fonte: Notícias Agrícolas + FOLHA

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