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Publicado em 28/07/2017 17:18
Confira a entrevista com João Batista Olivi - Jornalista
NA FOLHA DE S. PAULO -- Saída da crise deve vir da eleição de 2018, diz comandante do Exército

NA FOLHA DE S. PAULO 

Saída da crise deve vir da eleição de 2018, diz comandante do Exército

  Tomaz Silva - 24.jul.2016/Agência Brasil  
O general Villas Bôas às vésperas da Olimpíada Rio-16
O general Villas Bôas às vésperas da Olimpíada Rio-16

FABIO VICTOR
DE SÃO PAULO

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirma que a saída para a crise do país "está nas mãos dos cidadãos brasileiros", que poderão, "nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido".

Voz moderada em meio à cacofonia histérica de extremos ideológicos que marca a crise, na qual volta e meia grupelhos clamam por intervenção militar, Villas Bôas diz que "o Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas" e reitera que a Constituição deve prevalecer: "Todos devem tê-la como farol a ser seguido".

A entrevista foi feita via e-mail, por opção da assessoria do Exército, e as perguntas foram enviadas no dia 4 de julho, sendo respondidas 23 dias depois, na quinta (27).

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Folha - Pesquisa Datafolha recente mostrou que as Forças Armadas são a instituição do país em que a população mais confia hoje, enquanto a Presidência, o Congresso e os partidos são as instituições menos confiáveis. Como interpreta esses dados?

Eduardo Villas Bôas - Esses números nos impõem uma imensa responsabilidade. As Forças Armadas, que constituem um corte vertical da sociedade e possuem representantes de todo o espectro social, são reconhecidas por serem uma reserva de valores, como integridade, ética, honestidade, patriotismo e desprendimento.

Elas sempre estiveram presentes em momentos importantes da história de nossa nação. Algumas vezes, com o Braço Forte e, inúmeras vezes, com a Mão Amiga. Por conseguinte, essa confiança configura um capital intangível que nos é muito caro. Demonstra que a maioria esmagadora da população nos observa atentamente e nos avalia.

Pela primeira vez na história, um presidente foi denunciado por corrupção no exercício do mandato. Como acompanha essa crise? Acha que o presidente Temer tem condições éticas de permanecer no cargo?

Vivemos um período de ineditismos. Mas o fato de seguirmos batalhando, em nosso dia a dia, demonstra que as nossas instituições ainda estão funcionando, mesmo com a crise pela qual elas e o país vêm passando. Cabe-lhes atuar no limite de suas atribuições, sempre com o sentido de se fortalecerem mutuamente. Neste momento, o que deve prevalecer é a Constituição Federal e todos, repito, todos devem tê-la como farol a ser seguido.

Há quem compare a crise atual com aquela vivida em 1964. É possível fazer essa analogia?

Comparações podem ser feitas, mas o Brasil é, hoje, um país muito mais complexo e sofisticado. Naquela época, havia uma situação de confronto característica da Guerra Fria, com a ação de ideologias externas, que fomentaram ameaças à hierarquia e à disciplina nas Forças Armadas, aspectos que não estão presentes nos dias atuais.

O Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas. Hoje, elas estão cientes de suas missões e capacidades e mantêm-se fiéis aos ditames constitucionais.

É chegada a hora de consentir que o período que engloba 1964 é história e assim deve ser percebido.

Em manifestações recentes, o sr. fez uma defesa enfática da Lava Jato. Como analisa os movimentos que vão na contramão da faxina ética pretendida pela operação (julgamento no TSE, liberação de Rocha Loures, devolução do mandato de Aécio etc.)?

As instituições estão trabalhando e buscando resolver essa crise, que está atingindo nosso cerne e relativizando nossos valores.

Tenho afirmado que, além da crise política, vivemos um momento em que faltam fundamentos éticos e no qual o "politicamente correto", por vezes mal interpretado, prejudica nossa evolução. Falta-nos uma identidade e um projeto estratégico de país. País com letra maiúscula. Por isso, costumo dizer que estamos à deriva.

No entanto, considero essa crise uma oportunidade, que poderá auxiliar a nação a se sanear, sem influências ideológicas ou políticas.

A Lava Jato simboliza a esperança de que se produza no país uma mudança fundamental, em que a ética seja nossa parceira cotidiana e a sensação de impunidade, coisa do passado.

Como o Exército se posiciona sobre a candidatura de Bolsonaro, um militar da reserva, à Presidência? E como vê o uso que ele faz da condição de militar na campanha (disse, por exemplo, que, como capitão, sua especialidade era "matar")?

Todo cidadão tem o direito de ser candidato a qualquer cargo eletivo. É natural que o deputado Jair Bolsonaro use seu currículo e sua história pessoal, como ex-integrante do Exército, em sua campanha. Como integrante da reserva, ele sempre terá o nosso reconhecimento e o nosso respeito.

No entanto, e em última análise, é a população quem vai julgar os partidos e os candidatos, por intermédio do voto, devendo, para tanto, conhecer muito bem os projetos e ideias de cada um deles.

Destaco que o Exército, como instituição permanente, serve ao Estado e não a pessoas, estando acima de interesses partidários e de anseios pessoais.

A dimensão da crise favorece o surgimento de candidatos populistas e aventureiros. Como vê essa possibilidade e como analisa o quadro eleitoral para 2018?

Acho que a falta de um projeto nacional tem impedido que a sociedade convirja para objetivos comuns. Isso inclui, até mesmo, a necessidade de referências claras de liderança política que nos levem a bom porto.

Talvez seja um reflexo de os brasileiros terem permitido, no passado, que a linha de confrontação da guerra fria dividisse nossa sociedade.

É preciso que a crise que estamos vivendo provoque uma mudança no debate político para 2018. É necessário discutir questões que possibilitem preparar um projeto de nação, decidir que país se quer ter e aonde se pretende chegar. Está difícil de identificar, no Brasil de hoje, uma base de pensamento com capacidade de interpretar o mundo atual, de elaborar diagnósticos estratégicos apropriados e de apontar direções e metas para o futuro.

Está nas mãos dos cidadãos brasileiros a oportunidade de, nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido.

O sr. é um crítico do uso das Forças Armadas em funções de polícia. O que achou de o presidente Temer ter assinado um decreto convocando as Forças Armadas para coibir um protesto que descambou para a violência em Brasília? Essa tarefa não seria da polícia?

O Exército brasileiro é uma instituição que tem suas missões reguladas na Constituição, mais precisamente no artigo 142. Nele, observam-se três tarefas claras: a defesa da Pátria; a garantia dos poderes constitucionais; e a garantia da lei e da ordem.

O emprego das Forças Armadas nas manifestações que ocorreram na Esplanada dos Ministérios se deu em uma situação de emergência e teve caráter preventivo. Havia um sério risco de o patrimônio público ser dilapidado. A integridade física das pessoas também estava em perigo.

Não é possível aceitar que vândalos infiltrados nas manifestações permaneçam sem identificação e fiquem impunes. A ação dessas pessoas deslegitima qualquer manifestação e agride a democracia.

O sr. tem reiterado que "não há atalhos fora da Constituição" e demonstrado ser um defensor intransigente da democracia. Como analisa e a que atribui as manifestações no país por intervenção militar?

As manifestações demonstram um cansaço da população com os escândalos que temos visto. Elas refletem a materialização do capital de confiança apresentado nas pesquisas. Uma instituição que detenha 83% de confiabilidade é uma exceção em um ambiente degradado.

Porém, como tenho dito, vemos tudo isso com tranquilidade, pois o Exército brasileiro atua no estrito cumprimento das leis vigentes e sempre com base na legalidade, estabilidade e legitimidade.

Numa postagem recente em uma rede social, o sr. exaltou o marechal Castello Branco, um dos artífices do golpe militar de 1964. Que mensagem quis passar ao dizer que Castello Branco é "um exemplo de líder militar a ser seguido"?

Herói da campanha da Itália, ele já seria um exemplo por ter participado da Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial.

Mais tarde, em 1964, o Marechal Castello Branco foi o líder que civis e militares encontraram para dirigir os rumos da nação naqueles momentos conturbados e que, hoje, devem ser compreendidos dentro do contexto vivido à época.

Com sua visão de estadista, foi o responsável por alterações na legislação, que afastaram os militares da política partidária e que norteiam, até hoje, a permanência das Forças Armadas em seus quartéis, no estrito cumprimento do dever constitucional.

As Forças Armadas brasileiras não reconhecerão os erros e atrocidades que cometeram durante a ditadura?

A lei da anistia, compreendida como um pacto social, proporcionou as condições políticas para que as divergências ideológicas pudessem ser pacificadas. Ela colocou um ponto final naquela fase da história. Precisamos olhar para o futuro, atendendo ao espírito de conciliação.

O sr. costuma ressaltar a gravidade do quadro da segurança pública no País, com número de mortes equivalente ao de guerras. Como resolver ou pelo menos minimizar esse problema?

Esse problema exige uma resposta que envolva distintos atores da sociedade. Mas a solução deve, necessariamente, passar pela valorização e capacitação das forças de segurança pública. Passa, igualmente, pelo efetivo combate ao tráfico de armas e de drogas, hoje, grandes indutores da violência nos principais centros.

Da mesma maneira, o princípio da autoridade deve ser fortalecido e o sentido da disciplina social e do coletivo nacional –sem luta de classes– deve ser recuperado. Existe no Brasil uma excessiva compreensão com direitos e uma enorme negligência com deveres.

Há, também, excesso de diagnóstico e pouca ação efetiva e prática. Imaginar-se que apenas a vertente policial poderá resolver essas questões é ledo engano.

As ações de segurança pública devem, sim, estabelecer metas e prioridades. Exigem cooperação entre atores públicos e privados e deve ter, por ferramentas, programas sociais e serviços públicos, que fogem à esfera da Segurança Pública, adequados à região e à população.

Como está a negociação para alterar a Previdência dos militares? Estão definidos a idade mínima, o tempo de contribuição e o teto? O que o sr. defende? E há alguma perspectiva em relação ao reajuste salarial dos militares?

Os integrantes das Forças Armadas não têm sistema previdenciário, como, aliás, já descreve a Constituição. O que temos é proteção social, de acordo com as peculiaridades da profissão militar, já bem compreendidas por alguns setores da sociedade.

O Ministério da Defesa está coordenando os trabalhos de um grupo técnico com militares das três Forças Armadas, para propor medidas mais amplas nas áreas da reestruturação da carreira militar, da redução da defasagem remuneratória e da adequação de regras ao sistema de proteção social. São mudanças que terão consequências e reflexos mais duradouros no futuro.

Aliás, o próprio presidente da República, no final do ano passado, reconheceu a enorme defasagem salarial dos militares das Forças Armadas em comparação com as outras carreiras de Estado.

Recentemente, nas audiências em que participei nas comissões da Câmara e do Senado, também os parlamentares ficaram surpresos com essa discrepância.

Os objetivos estão traçados para o longo prazo e vão muito além da mera redução de despesas para a União. Eles visam à manutenção da atratividade da carreira militar e à atração e retenção de profissionais vocacionados, motivados, capacitados e com valores éticos e morais condizentes com a profissão que detém o poder de uso da violência institucional em nome do Estado.

Quero deixar claro, no entanto, que os militares não se furtarão a contribuir com a reforma. Estão dispostos a dar sua cota de sacrifício, comportamento que já tomamos inúmeras vezes no passado.

Qual a principal função das Forças Armadas, do Exército em particular, no Brasil de 2017?

Essa resposta é atemporal. Arguimos os nossos interlocutores sobre a importância das Forças Armadas em países com as nossas dimensões e potencialidades. Não raras vezes, nos surpreendemos com respostas superficiais, quando não, completamente distorcidas.

Quem leva o Estado Brasileiro às longínquas fronteiras, contribuindo para a presença nacional? As Forças Armadas!

Quem respalda decisões do Estado brasileiro perante outros Estados, impondo a nossa vontade por meio da dissuasão? As Forças Armadas!

Qual país verdadeiramente relevante do ponto de vista geopolítico descarta suas Forças Armadas? Nenhum!

Se você possuísse bens extremamente valiosos, estaria disposto a pagar para mantê-los? Estou seguro de que sim.

Desse bem a nossa sociedade já dispõe, mas não se apercebeu do quão importante é protegê-lo. Esse bem é a nossa liberdade.

Assim, é mister discutir mais sobre nossas Forças Armadas, para que, ao conhecê-las, saibamos valorizá-las e respeitá-las.

O sr. tem uma doença degenerativa, sobre a qual já se manifestou com transparência publicamente. Como está sua saúde hoje? De que modo a doença tem limitado sua atuação? Até quando o senhor tem forças para ficar no posto?

Conforme comentei em outras ocasiões, fui acometido por uma doença degenerativa que atingiu alguns grupos musculares, restringindo minha capacidade de locomoção.

Sinto falta de viajar, de percorrer as nossas unidades, de estar junto com a tropa. Busco vencer os desafios dia a dia e sigo no tratamento. Tenho um objetivo maior de servir à pátria e continuo a persegui-lo.

O general Sérgio Etchegoyen, de quem o sr. é conterrâneo e amigo, ganhou força no governo, e há quem comente que poderia substitui-lo. Existem articulações nesse sentido? Como vê a possibilidade? Como é a relação entre vocês?

A substituição dos comandantes de força é atribuição exclusiva do presidente da República. Quanto ao general Etchegoyen, ele é meu amigo pessoal, há mais de 50 anos, como você mesmo destacou. Trabalhamos juntos em várias oportunidades e, além da amizade, fortalecida a cada dia, mantemos agradável convivência familiar.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Folha

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8 comentários

  • Geraldo Segatto Araucária - PR

    Segue errado os dados da manchete , não foram 690 mil empregos foram 69 mil, números bastantes diferentes. Enviei um comentário acerca da informação e dizendo que precisamos de homens sobretudos honestos. E nada de publicarem.

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  • LUCIANO MUSSIATO CAPELETTO Maringá - PR

    O povo é reflexo dos políticos... Se a população não parar de pensar que: política não é importante, sempre tem que levar vantagem sobre nosso irmão, achar que segunda feira é o pior dia da semana, cultura de achar que tudo é cerveja e outros etc.

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  • Antonio Nascimento campo mourão - PR

    Ficarmos na discussão de qual candidato seria (no passado, mesmo) o ideal, com essas urnas eletrônicas, com impressão ou não, é persistir no engodo no truque petista..., não vejo nenhum candidato se manifestar a favor do voto em papel e urnas tradicionais..., senão é chover no molhado..., para o Brasil serão urnas funerárias...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Caro Antonio Nascimento, tenho um sonho... Que algum dia tenhamos o VOTO FACULTATIVO... Teremos a liberdade de votar ou não votar ... Sistema de votação DISTRITAL PURO ... & ... UM POVO QUE PERGUNTE: QUEM VOCÊ PENSA QUE É ? ... Quanto a urna eletrônica, bem esse é um assunto de POLICIA & NÃO DE POLÍTICA ...

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    • Antonio Nascimento campo mourão - PR

      É Sr Paulo não tenho nenhuma esperança, pelo desenrolar dos acontecimentos, farei o meu facultativo, isto é viajo e justifico ..

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  • Sergio F. Becker Umuarama - PR

    É tudo um lixo ...

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    "Seu" JOÃO, quando você diz "que colocou a cara a tapa"... discordo. Acho que "colocou o esqueleto inteiro", pois esse assunto que você está promovendo a discussão é um tabu. Haja vista, que a maioria da população tem o hábito de não discutir política, pois, segundo eles, não leva a nada. Alguns chegam ao cúmulo de dizer: "EU NÃO ME METO EM POLÍTICA"... Entenda aí a "discussão" sobre política está incluso na alienação intencional.

    Agora surge um "velhinho"que diz ser amigo do homem do campo e, vem espetar os alienados com vara curta.

    Não se preocupa não, "seu" JOÃO, pedi para uns amigos fazer uma "tintura da boa" de barba-timão. É aquela árvore do cerrado que usam para curtir couro, mas a tintura é muito usada pelos galistas que passam nos pescoços dos galos para engrossar o couro e aquentar mais pancadas.

    Ah! ... Vá meio devagar agora, pois ainda demora uns dias para a tintura ficar pronta, mas depois que começar a usar pode soltar o bambu !!!

    COM BARBA-TIMÃO, ATRAVESSAR ATÉ A PONTE RIO-NITERÓI FICA FÁCIL !!!

    "Seu" JOÃO ... desculpe a brincadeira, mas apoio a sua iniciativa... e caminho sobre essa "pinguela" de mãos dadas... Ocorre que muitos que fazem seus comentários, inclusive esse escrevinhador, estão cheios de tanta noticia ruim e, querem uma solução rápida, ou seja, sem pinguela, sem travessia...

    É O DESEJO DA MAIORIA !!

    (OBS.: "Seu" JOÃO toda riqueza é gerada com o trabalho... Essas mais de treze milhões de pessoas estão impedidas de produzir a riqueza, pois está sendo-lhe negada a opção do emprego... Qual vai ser o fim disso?).

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    João Batista, sei que você não citou o Bolsonaro dessa vez..., sendo o sujeito muito inteligente que é, percebeu o erro brutal em que poderia cair. Reinaldo Azevedo está sendo massacrado por isso, por utilizar as narrativas que a esquerda criou, os mitos esquerdistas, para atacar o Bolsonaro. Aqui mesmo neste espaço apareceu um comentarista fazendo isso. No discurso afirma que combate a esquerda, mas usa os mesmos argumentos dos esquerdistas!! Ou é alguém com intenção de confundir, ou não se deu conta de que mesmo falando contra a esquerda, o próprio discurso favorece e fortalece essa esquerda que diz combater.

    Quem há de passar pela pinguelinha? Primeiro os estatistas, que implodirão a pinguela para que os que ficaram do outro lado construam a ponte se quiserem passar, mas beijando a mão deles. È, está no congresso nas mãos do deputado Hauly, a reforma tributária, que irá mudar a legislação transformando os impostos regressivos em progressivos. Alguém sabe o que é isso? Alguém se importa com isso? Os ordinários representantes do agro? Pois é, imposto progressivo é um imposto sobre a renda, quanto maior a renda, maior o imposto. Tem coisa mais socialista que isso? Tirar dos ricos para dar aos pobres? Então essa pinguela é uma impostura, pois tanto faz se Lula é presidente, se Michel Temer é presidente, se Dória for presidente, a agenda comunista anda. E é por isso que tentam destruir a unidade que a direita, ou... vá lá... os conservadores querem construir em torno do Jair Bolsonaro. Ele é o único contra esse sistema que quer legalizar as drogas para beneficiar os cartéis, que quer legalizar o aborto para destruir a familia, que quer aumentar a violencia e os assassinatos através da politica de desarmamento, garantindo a continuidade do projeto comunista mesmo que o povo tome as ruas... sem armas vão apanhar como os Venezuelanos sem derrubar o governo. E falando claramente, mesmo que Bolsonaro tenha feito declarações ambíguas sobre a redução do Estado, se não for ele, com certeza não será mais ninguém. As medidas necessárias para enriquecer um país já estão dadas desde Adam Smith, de forma que todos os politicos de Brasilia com poucas exceções quebraram o país de propósito, para manter o regime. Eleições não irão mudar nada. É preciso discutir as questões com seriedade, apresentar os dados reais e não ficar protegendo altas autoridades só porque são sujeitinhos bacanas.

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    • Augusto Mumbach Goiânia - GO

      Muito claro, coerente, o seu comentário...

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    • João Batista Olivi Campinas - SP

      (Entrevista do comandante do Exército, general Eduardo Vilas Boas, publicada hoje (sábado), na Folha de S. Paulo: --

      FOLHA: "Como o Exército se posiciona sobre a candidatura de Bolsonaro, um militar da reserva, à Presidência? E como vê o uso que ele faz da condição de militar na campanha (disse, por exemplo, que, como capitão, sua especialidade era "matar")? --

      GENERAL EDUARDO VILAS BOAS: Todo cidadão tem o direito de ser candidato a qualquer cargo eletivo. É natural que o deputado Jair Bolsonaro use seu currículo e sua história pessoal, como ex-integrante do Exército, em sua campanha. Como integrante da reserva, ele sempre terá o nosso reconhecimento e o nosso respeito.

      No entanto, e em última análise, é a população quem vai julgar os partidos e os candidatos, por intermédio do voto, devendo, para tanto, conhecer muito bem os projetos e ideias de cada um deles.

      Destaco que o Exército, como instituição permanente, serve ao Estado e não a pessoas, estando acima de interesses partidários e de anseios pessoais. --

      FOLHA: "A dimensão da crise favorece o surgimento de candidatos populistas e aventureiros. Como vê essa possibilidade e como analisa o quadro eleitoral para 2018?" --

      GENERAL EDUARDO VILAS BOAS: "Acho que a falta de um projeto nacional tem impedido que a sociedade convirja para objetivos comuns. Isso inclui, até mesmo, a necessidade de referências claras de liderança política que nos levem a bom porto.

      Talvez seja um reflexo de os brasileiros terem permitido, no passado, que a linha de confrontação da guerra fria dividisse nossa sociedade.

      É preciso que a crise que estamos vivendo provoque uma mudança no debate político para 2018. É necessário discutir questões que possibilitem preparar um projeto de nação, decidir que país se quer ter e aonde se pretende chegar. Está difícil de identificar, no Brasil de hoje, uma base de pensamento com capacidade de interpretar o mundo atual, de elaborar diagnósticos estratégicos apropriados e de apontar direções e metas para o futuro.

      Está nas mãos dos cidadãos brasileiros a oportunidade de, nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido."

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Resumindo João Batista Olivi, o general Vida Boas quer um salvador da pátria.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Não dá João Batista, esse truque esquerdista não dá mais prá tolerar. A Folha se posiciona contra salvadores da pátria e depois defende justamente a escolha de um salvador da pátria, o cara que vai fazer um projeto nacional para nos levar a um bom porto... Põe o Lula então, ele é o cara dos projetos nacionais. O Dion, em um comentário acima, diz que é eufemismo do Bolsonaro chamar a ditadura militar de regime militar, mas não se envergonha de usar o eufemismo, guerra fria, o mesmo utilizado pelo general "vida boa", puxa saco de comuna, caluniador, afirmando que o Bolsonaro quer utilizar o exercito para se eleger. Que vá catar coquinho na descida essa nulidade. Pois o eufemismo guerra fria serve para acobertar ladrões e assassinos que queriam instalar um ditadura do proletariado no Brasil. Isso aí não cola mais.

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    • Augusto Mumbach Goiânia - GO

      O GENERAL EDUARDO VILAS BOAS (se é que esse é o contexto correto de sua resposta, uma vez que entrevista foi feita pela nada confiável Folha de São Paulo) está parecendo ser muito mais político que o Bolsonaro, pois já desenvolveu muito bem a arte de falar, falar, e se manter em cima do muro. Não precisamos de políticos genéricos e políticamente corretos. Já temos uma tonelada de malandros desse tipo. Não adianta fazermos ilações políticas baseadas em uma realidade utópica. Como se a política no Brasil funcionasse de uma maneira política. A política no Brasil hoje funciona de uma forma criminosa. Pra resolver precisa de atitude, ovos precisam ser quebrados pra fazer essa omelete. Precisamos de alguém como o Bolsonaro, sim! Mas precisamos trocar a corja que se encontra em Brasília também, deputados e senadores.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Estou com um gosto na boca de: "QUERO MAIS"!!! ... Ou seja, os objetivos do Sr. Rodrigo é o meu desejo, mas como tomaremos "a faca & o queijo" da mão desses vagabundos? ... Leio os artigos do Fernão Lara Mesquita do Blog VESPEIRO e, o último artigo cujo titulo é: ... https://vespeiro.com/2017/07/25/um-caso-de-cura-da-nossa-doenca/ ... Onde ele faz a comparação dos EUA de 120 anos atras com o Brasil de hoje e, como os americanos conseguiram extirpar em grande parte a corrupção do seu meio político. Não devemos nos esquecer que esse estigma (corrupção) é um vício inerente ao ser humano e, enquanto formos humanos carregaremos "ele" conosco. Precisamos ser inteligentes e criarmos, mecanismos e não leis, que impeçam a sua prática no seio da sociedade, pois é do conhecimento de todos que: "A CORRUPÇÃO MATA !!!" ...

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  • Ernani Pedretti Campinas - SP

    Quero deixar aqui meu testemunho da luta que os produtores do agronegócio travam ano a ano para se manterem produzindo e carregando o Brasil nas costas..., tenho participado do dia de campo ( que já está no seu décimo ano) na Fazenda Santa Brígida em Ipameri/GO..., lá se pratica a ILPF (integração lavoura pecuária e floresta) em parceria com a EMBRAPA ... e a cada ano aumenta mais o número de participantes, neste ano foi contabilizado 1.200 pessoas entre técnicos e produtores de todo o Brasil.. Se os pecuarístas aderissem ao sistema, a produção de grãos duplicaria sem necessidade de desmatar nem um metro de mata...

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  • roberto andrea maffessoni Cascavel - PR

    O João Batista Olivi provoca, mas ele sabe que nós produtores (de soja) precisamos plantar no minimo 740 ha (e produzir muito bem) para pagar somente os salarios de (1) juiz/procurador/promotor do Brasil ? ... dividindo-se o ganho deste ha de soja (com a familia toda trabalhando) com um total de investimentos na lavoura de mais de R$ 2 milhões, conseguimos menos de R$ 40.000,00/mes/ de renda para toda a familia???!!! Então, para quê plantar ? vamos todos virar funcionarios publicos.... com o detalhe, o produtor trabalha em média de 14h por /dia x 365 dias/ano = equivalente a 5.200 horas de trabalho/ano..., enquanto os marajas do governo trabalhamn em média 548 horas..., (isso se não houver muitos feriados)... ALGO ESTÁ ERRADO COM O NOSSO PAÍS...

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