Aviso aos que lutam contra a corrupção: e os privilégios, vocês esqueceram??!!

Em Brasília, o jornalista João Batista Olivi, do Notícias Agrícolas, se coloca em missão jornalística para cobrir a crise institucional, a qual ele descreve como "talvez, a maior de todas as crises". Em seu comentário, ele questiona se a crise estaria restrita somente aos três poderes e atenta para o julgamento de Renan Calheiros no Supremo Tribunal Federal (STF), considerado decisivo para saber se a crise acaba ou se amplia.

João destaca que Brasília é o "único lugar do país onde não tem crise", com despesas inflacionadas, pouca renda produzida e sem corte de empregos. "A maior de todas as crises não está nos três poderes e, sim, na sociedade", diz João. "Brasília só gasta onde as despesas só aumentam".

Ele alerta, porém, para o seguinte: "se eliminasse despesas e privilégios públicos, será que a situação estaria resolvida?" e relembra que o problema é político, institucional, jurídico e econômico.

Como exemplo da crise do país, ele aponta os dados do consumo de energia, que diminuiu apenas 1,1% no país - tendo aumentado, principalmente, nas residências e serviços e diminuído na indústria e no comércio.

Para a agricultura, o cenário é favorável em números, com previsão de boas safras de soja e de milho e de recuperação nas culturas do café, algodão e cana de açúcar. Mas ele lembra que a agricultura não seria suficiente para superar a crise brasileira.

Ele mostra também o depoimento de Fernando Pimentel, superintendente da Associação Brasileira da Industria Têxtil e de Confecção, para demonstrar que é preciso manter as despesas contidas, defendendo a aprovação da PEC do Teto dos Gastos. No depoimento, Pimentel destaca que a perspectiva para o próximo ano é opaca, contaminada pelas instabilidades políticas que "são o preço a se cumprir agora", com cenário em recessão. "Vamos levar 10 anos para voltar ao mesmo nível de consumo que estivemos nesse período", aponta Pimentel.

João também aponta o perigo à nação brasileira de "30% da população que não está querendo discutir a nossa política e a nossa situação". Ele alerta, ainda, para as intenções de Lula de voltar a ser candidato para a Presidência da República em 2018, a quem ele considera o "pai de todas as crises".