PLANO LULA: enfraquecimento do impeachment no Congresso abre espaço para a volta do ex-presidente

Em meio a um cenário turbulento onde informações são despejadas sobre a população diariamente e os grupos sociais se dividem em dois, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apresenta - para muitos - como uma solução para a derrocada do país.

Usando do artifício dos programas sociais e do representante dos oprimidos, Lula é considerado por alguns a solução momentânea mais viável para o país.

De acordo com um artigo publicado na edição deste domingo (03) do Jornal El País, o jornalista Juan Árias, considera que “o perigo é que se deposite a esperança de superação da crise na chegada milagrosa, como um presente dos deuses, de um herói, um redentor ou um salvador da pátria, que de forma mágica devolva ao país o que lhe foi roubado por um mau Governo e pela corrupção sem precedentes históricos”.

"Não acreditem mais em salvadores da pátria, e lideres populista não devem ser seguidos, porque já passamos por isso. Não esperem que apareça um novo salvador da pátria", acrescenta o jornalista do Notícias Agrícolas, João Batista Olivi.

Neste sentido, o jornal Estado de S.Paulo trouxe neste final de semana a informação de que a presidente Dilma Rousseff considera a possibilidade de convocar novas eleições caso a Câmara não aceite o pedido de impeachment. Para Olivi, essa é uma tentativa clara - sobre os comandos de Lula - para encurtar o mandato de Dilma e galgar uma reeleição do ex-presidente populista.

"Ele (Lula) detém uma massa de 40% dos votos e não há ninguém no fronte como adversário suficientemente forte para vencê-lo", alerta Olivi.

Segundo fontes do Planalto e do PT, ouvidas pelo Estadão, o processo seria liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na condição de ministro da Casa Civil, e passaria por um entendimento com setores da oposição. A idéia de Dilma enviar ao Congresso um projeto para abreviar seu mandato e convocar novas eleições para presidente, deputados e senadores voltou a ganhar força entre setores do PT e do governo.

Mesmo após a saída oficial do PMDB da base do governo na última semana, o PT e seus aliados parecem ter se fortalecido sobre o comando de Lula, ao contrário do que era esperado pelos diversos setores da sociedade.

A crise econômica do Brasil tem sido destaque também nas mídias internacionais. A exemplo do artigo do El País, o The New York Times informou em sua primeira página, desta segunda-feira (04), os escândalos de corrupção no país.

Confira a publicação do The New York Times desta segunda-feira e leia o artigo de Juan Árias, para o El País:

>> NYTimes informa, na 1ª página, que corrupção e crise política devastam o Brasil.

>> "Nem heróis, nem redentores, nem salvadores da pátria", por JUAN ÁRIAS (EL PAÍS).