Fim do dilema: O barco vai bater! Por João Batista Olivi
Na noite desta quarta-feira (14) a presidente Dilma Rousseff realizou discurso em evento da CUT e, ao lado dos amigos sindicalistas voltou a subir o tom contra seus adversários, a quem chamou de golpistas, e os desafiou a encontrar quaisquer irregularidades que tenha cometido em sua vida política ou pessoal.
Com o pronunciamento mais duro desde que chegou a presidência em 2011, Dilma assumiu a postura de ataque declarando que aqueles que estão na oposição são "moralistas sem moral" e ninguém "tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?", questionou.
Convocando seus aliados para guerra, a presidente acabou com o dilema vivido pela população brasileira. Segundo o jornalista João Batista Olivi eram claros dois posicionamentos a respeito das questões políticas e econômicas do país.
"Nós íamos aceitar os ajustes, aumento de impostos e CPMF para evitar uma situação pior, ou iríamos eliminar o problema de vez e 'deixar o barco bater'. Mas com essa declaração foi um divisor de águas", declara Olivi.
A ofensiva verbal da presidente a seus opositores e a todos nós brasileiros tem um objetivo motivar os eleitores do PT a saírem em sua defesa. Mesmo com reprovação de 75% da população e a insatisfação de milhares de brasileiros a presidente continua insistindo em manter-se no poder.
"Não estamos acusando a senhora (Dilma) de roubar uma caneta, mas sim o futuro do Brasil. O seu regime não reconhece o buraco que nos enfiaram", pondera João Batista.
Correndo por fora está o ex-presidente Lula, que busca se manter isento as medidas erronias do governo e, continua "jogando para a torcida desinformada", alerta o jornalista . Lula comentou com interlocutores que ficou "surpreso" com o forte conteúdo político do discurso de Dilma e criticou as medidas de ajuste fiscal.
Com esse jogo de interesses que visa benefícios e satisfações pessoais - sem considerar o que é melhor para o Brasil - o colunista da Folha de S.Paulo, Vinicius Torres Freire, declarou na edição desta quinta-feira (15) que "a sobrevida do governo Dilma Rousseff terá sequelas horrendas".