Quem deve financiar o hedge? Por João Batista Olivi
Com a chegada da chuva que inicial oficialmente o plantio da soja nas principais regiões produtoras, os agricultores se animam com a possibilidade de uma boa produção.
No entanto ainda paira sobre o setor as preocupações quanto a custos, preços e comercialização da produção, que tem sido afetado pela incerteza da crise político-econômica do país. Recentemente o jornalista João Batista Olivi se pronunciou a favor de que o Banco do Brasil deveria financiar as operações de hedge, um mecanismo de proteção para contratos futuros.
Em contrapartida, Mário Sperotto de Porto Alegre (RS) afirmou, em espaço no Notícias Agrícolas, que existem alguns problemas para viabilizar desse tipo de operação no Brasil, pois "não há um contrato na BM&F de soja com liquidação física e cotação em reais". Além disso, ao contrário do que pregou o jornalista, o prêmio não deveria ser subsidiado pelo BB "pois derivativos contratos futuros, opções e bolsas existem justamente para livre transferência de risco entre agentes, para se resolver via mercado, de livre escolhas", acrescentou.
Contudo para se avançar na produção de alimentos é preciso garantir a segurança da produção. Ainda assim, em momentos de crise é necessário "estabilizar os preços, reduzir a inflação e principalmente conter o custo de vida. E para fazer isso é preciso que os melhores preços sejam garantidos", avalia João Batista.
Neste sentido, o jornalista defende o financiamento do prêmio através do banco público garantindo a segurança das operações financeiras dos produtores e também aumentando a procura por esse tipo de cobertura que reverteria em uma redução do custo do prêmio no Brasil.