Dilma não sabe jogar truco, por João Batista Olivi
A respeito da disparada do dólar, a presidente Dilma Rousseff disse na semana passada em viagem a Nova York que o país tem reservas suficientes para lidar com essas oscilações do dólar.
Na quinta-feira (24), quando o dólar bateu R$ 4,25 durante o dia, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou que as reservas internacionais brasileiras serão utilizadas para conter a disparada da moeda.
Para o jornalista João Batista Olivi, essas declarações causaram especulação no mercado caso não sejam efetivadas para conter o câmbio. Por outro lado, a utilização da reserva "vai demonstra para o mundo que estamos sem nada nas mãos, só temos o 'colchão'. E sabemos que essas reservas em dólar não devem ser usadas", ressalta Olivi afirmando que a presidente não sabe 'jogar truco' com o mercado financeiro.
A reunião do G4 para discutiu a reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York, "era mais uma oportunidade para ela (Dilma) ficar calada", conclui João Batista. Essa falta de sabedoria da presidente em saber posicionar-se e dialogar até mesmo com sua base aliada atrapalha a tentativa de conter a grave crise que vive o país.
Comentário no Jornal da Gazeta da 25 de setembro de s2015
Reforma de Dilma Mocó é trapalhada para Guinness:
"Dilma mete as metas", por Caio Blinder (de N. York, para a veja.com)
Dilma Rousseff está em Nova York. E qual é a maior importância para ela desta viagem centrada em reuniões na ONU? Simples: não estar no Brasil. Há discurso para lá e há discurso também para lá sobre metas para 2030 (emissões de gases do efeito estufa) ou de prazo indeterminado (reforma do Conselho de Segurança da ONU).
Tudo vale no esforço que trafega entre o desesperado e o patético para o governo vender uma agenda positiva e de protagonismo internacional. Claro que as metas são válidas e dignas de serem debatidas pelas regras convencionais do jornalismo. No entanto, este não é um momento convencional no Brasil. Como Dilma pode falar de metas para 2030 quando sequer consegue improvisar um plano para o dia seguinte?
É verdade que Dilma está no labirinto burocrático e de jargões entendiantes que ela adora e que são a razão de ser destas cúpulas globais. Sua participação na abertura da assembleia geral das Nações Unidas na manhã desta segunda-feira é irrelevante. Existe o registro pelo ritual que confere ao Brasil o primeiro discurso. Atenção mesmo nos discursos seguintes de Barack Obama e de Vladimir Putin (que dá as caras pela primeira vez em dez anos).
Sobre a participação de Dilma (de sexta-feira ao domingo) em um mastodonte chamado Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, fixando metas para os próximos 15 anos em 17 áreas, fico com o editorial do fim de semana do Financial Times. O jornal observa a obsessão contábil da ONU com metas globais como pobreza.
O editorial lembra que os progressos das últimas décadas são devidos ao deslocamento de países em desenvolvimento à melhor governança e a economias mais orientadas para o mercado. Com a mentalidade “desenvolvimentista” e a desonestidade eleitoral do desgoverno Dilma, o Brasil consegue decepcionar nas metas para o futuro além das expectativas. Dá para falar dos planos da desgovernante para 2030?
(por Caio Blinder, de N. York, para a veja.com)