Aumento de impostos pode reduzir ainda mais a atividade econômica, diminuir arrecadação e não resolver rombo no orçamento
O governo federal anunciou no inicio desta semana um corte adicional de gastos no orçamento de 2016 no valor de R$ 26 bilhões e o agronegócio também participará dessa redução com um corte de 1,1 bilhões.
A redução será aplicada nos subsídios destinados a programas de garantias de preços mínimo agrícolas. Segundo o analista financeiro, Miguel Daoud, a proposta apresentada pelo governo "não faz sentido", uma vez que o aumento de impostos diminui a atividade econômica e consequentemente a arrecadação do Estado, agravando ainda mais o déficit no orçamento que já passa dos 30 bilhões.
A redução de subsídios deve afetar principalmente produtores que dependem do mercado interno, como de arroz, feijão, trigo e milho. De acordo com Daoud "os pequenos e médios são a maioria dos produtores do país, quase 80% do alimento que vai para a mesa dos brasileiros é da agricultura familiar”, ressalta.
Além disso, o governo também anunciou uma nova rodada de alta de tributos, com a proposta de retorno da CPMF que foi recebido com muito desagrado pela população. Para o analista, o governo não irá realizar cortes na maquina pública que seriam necessários neste momento, a fim de evitar a elevação dos impostos.