Flechada Waimiri em Dilma, por João Batista Olivi
A concessionária Transnorte Energia S.A (TNE), formada pela Eletronorte e Alupar, protocolou na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pedido de anulação da concessão da obra de construção do Linhão de Tucuruí, que interligará Boa Vista ao Sistema Nacional Interligado (SNI) de Manaus (AM).
A concessionária justifica o pedido de rescisão a partir de duas vertentes: problemas relacionados ao licenciamento ambiental e problemas judiciais. De acordo com Ministério de Minas e Energia, a obra deveria cruzar a terra indígena dos Waimiri-Atroari, onde já passam a rodovia federal BR-174 e um cabo de fibra ótica para serviços de telefonia celular.
Para iniciar a obra, a Funai precisa conceder uma Carta de Anuência, que permitirá ao Órgão Licenciador a emissão de uma Licença Prévia (LP). No entanto, de acordo com o jornalista João Batista Olivi, a pelo menos cinco dias promotores e ambientalistas "solicitaram a descrição do projeto técnico da concessionária", o que desestimulou a empresa a dar continuidade a obra que levaria progresso a região.
"O linhão que sai de Tucuruí para Manaus, com ramificação para o Amapá e Roraima, circundaria toda a calha norte do Amazonas e fecharia o sistema de energia", explica Olivi.
A dúvida a partir de agora é como darão andamento ao projeto, já que o Governo Federal não possui reservas para dar andamento ao projeto que integrará o sistema de elétrico do norte, evitando problemas com o abastecimento de energia. "Sem energia o mundo não anda, não há esmagamento da soja, produção de farelo e consequentemente de proteína animal", ressalta João Batista.