Preço do milho emenda 3 meses de altas no Brasil e margens de venda ficam positivas

Publicado em 01/11/2024 16:04 e atualizado em 01/11/2024 17:08
Analista destaca melhora da relação de troca para fertilizantes e oportunidades positivas no mercado
Francisco Queiroz - Analista do Itaú BBA
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Preço do milho emenda 3 meses de altas no Brasil e margens de venda ficam positivas

A sexta-feira (01) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações levemente positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 73,05 e R$ 77,15 e acumularam altas semanais de até 1,6%. 

O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 73,05 com alta de 0,19%, o janeiro/25 valia R$ 76,75 com elevação de 0,26%, o março/25 foi negociado por R$ 77,15 com valorização de 0,63% e o maio/25 teve valor de R$ 73,67 com ganho de 0,05%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram elevações de 0,69% para o novembro/24, de 1,47% para o janeiro/25 e de 1,63% para o março/25, além de queda de 0,31% para o maio/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (25). 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um último dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização nas praças de Nonoai/RS, Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

O Analista do Itaú BBA, Francisco Queiroz, destaca que diversos fatores estão contribuindo para altas dos preços do milho no Brasil, que já acumularem três meses consecutivos de valorizações. Entre eles, estão a alta de Chicago com forte demanda nos Estados Unidos, valorização do dólar, atraso do plantio da soja, área menor de verão e demanda forte para rações e etanol. 

Porém, o analista acredita que existem fatores que podem trazer pressão ao mercado, como o rápido avanço do plantio no Brasil e o grande volume de milho ainda disponível no mercado e que vai precisar ser escoado para abrir espaço para a soja. 

Neste cenário, Queiroz acredita que este seja um bom momento para o produtor brasileiro avançar com a comercialização, inclusive com melhora na relação de troca para fertilizantes na segunda safra 2025. 

Mercado Externo 

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão desta sexta-feira com movimentações positivas  

O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,14 com valorização de 3,75 pontos, o março/25 valeu US$ 4,29 com ganho de 3,25 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,37 com elevação de 2,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,42 com alta de 2,50 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (31), de 0,91% para o dezembro/24, de 0,76% para o março/25, de 0,63% para o maio/25 e de 0,57% para o julho/25. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram quedas de 0,18% para o dezembro/24 e de 0,06% para o março/25, além de alta de 0,17% para o julho/25 e estabilidade para o maio/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (25). 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho apresentaram tendência moderadamente mais alta na sexta-feira após uma venda massiva para o México ter motivado algumas compras técnicas adicionais hoje. 

Exportadores privados anunciaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 30,8 milhões de bushels de milho para entrega ao México durante o ano de comercialização de 2024/25, que começou em 1º de setembro. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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