Projeto de monitoramento da cigarrinha espalhou 68 armadilhas em Marechal Cândido Rondon/PR

Publicado em 24/04/2023 14:48 e atualizado em 25/04/2023 11:28
Trabalho mostrou queda da população do inseto com intensificação das chuvas, mas aumento exponencial da praga após março, prejudicando quem plantou mais tarde
Odair Jose Kuhn - Professor da Unioeste

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Projeto de monitoramento da cigarrinha espalhou 68 armadinhas em Marechal Cândido Rondon/PR

Um projeto de monitoramento da cigarrinha do milho encabeçado pela Unioeste espalhou 68 armadilhas em Marechal Cândido Rondon para identificar a presença do inseto nesta segunda safra de milho. 

O professor Odair José Kuhn explica que o município foi dividido em 7 distritos para traçar a realidade localizada da presença da praga no monitoramento iniciado em 16 de janeiro. 

O especialista conta que na primeira semana a média foi de 11 cigarrinhas por armadilha, que subiu para 24 na segunda semana. Porém, a chegada de chuvas volumosas, entre 100 e 1300 mm na semana, derrubaram a população para apenas 5 insetos em 20 de fevereiro. 

Sendo assim, quem conseguiu plantar antes desse período de precipitações conseguiu escapar do período crítico das lavouras e não deve ter grandes problemas. 

Depois, os números voltaram a subir para 11 entre 27 de fevereiro e 6 de março, depois para 47, 62 e 91 nas semanas seguintes. Nesse cenário, quem plantou em março terá mais chances de perder produtividade por doenças transmitidas pela cigarrinha. 

Agora o projeto entra na segunda etapa, onde os técnicos entram nas lavouras para fazer as avaliações das plantas. Kuhn revela que, das 5 propriedades já vistoriadas, 3 tem condições excelentes, mas 2 irão perder produtividade por doenças. 

O grande objetivo do trabalho é ajudar o produtor a se planejar nas aplicações de defensivos, que tem diminuído, como destaca o docente. Ele conta que antes dos monitoramentos, muitas lavouras recebiam até 10 aplicações de defensivos, mas neste ano 4 propriedades fizeram 8 aplicações, a maioria 6 e algumas apenas 4. 

Confira a íntegra da entrevista com o professor da Unioeste no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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