StoneX espera grande produção de milho na safrinha, mas ainda acredita em preços elevados no Brasil

Publicado em 29/04/2022 10:56
Fatores do mercado internacional tem potencial para sustentar as cotações brasileiras em alta, mesmo com produção recorde nesta segunda safra. Exportações nacionais também podem se beneficiar em 2022
João Pedro Lopes - Analista de Inteligência de Mercado da StoneX

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StoneX espera grande produção de milho na safrinha, mas ainda acredita em preços elevados no Brasil

A produção total desta segunda safra de milho deve ser de 91,9 milhões de toneladas, de acordo com a última projeção divulgada pela StoneX no início deste mês. Porém, a consultoria não descarta reduzir este patamar em função dos acontecimentos ao longo de abril.

Segundo o analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes, a safrinha muito boa com o plantio praticamente todo dentro da janela ideal, otimismo e aumento de área cultivada. Já em abril, faltou chuva em partes do Mato Grosso e Goiás, o que pode trazer alguma perda de produção.

“Por enquanto é difícil falar de quanto pode ser essa redução, mas não deve ser uma quebra de safra igual a que observamos no ano passado que foi uma produção bem abaixo do potencial. Ainda assim, a StoneX espera uma produção recorde para a safrinha”, aponta.

O analista destaca ainda que, mesmo diante deste cenário de oferta abundante, os preços no Brasil devem permanecer altos e sustentados devido à todas as incertezas e volatilidades do mercado internacional, como a Ucrânia diminuindo sua plantação e exportação, o atraso na semeadura dos Estados Unidos e a recuperação do dólar ante ao real nos últimos dias.

“Por mais que a produção tenda a ser volumosa, diversos fatores internacionais tendem a manter esses preços suportados em patamares elevados”, diz Lopes.

Outro reflexo dessa união entre grande produção no Brasil e retirada da Ucrânia do cenário internacional tende a ser o aumento das exportações brasileiras em 2022. “A Ucrânia tem uma participação bem relevante no cenário internacional, normalmente correspondendo com 13% do total das exportações. Com esse conflito os portos estão paralisados e muitos dos países consumidores têm redirecionados para Estados Unidos, Argentina e Brasil também sendo beneficiado”.

Confira a íntegra da entrevista completa com o analista de inteligência de mercado da StoneX.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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