Paraná tem cenário propício para o complexo de enfezamento do milho com cigarrinha presente em todo estado
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Paraná tem cenário propício para o complexo de enfezamento do milho com cigarrinha presente em todo estado
O atraso para o início do plantio da safra de verão 2020/21, o alongamento dos trabalhos de semeadura e agora o atraso para o plantio da segunda safra compuseram um cenário ideal para o aumento da pressão das cigarrinhas e do complexo do enfezamento do milho no Paraná.
Segundo o gestor estadual do projeto de grãos do IDR-Paraná, Edivan Possamai, um levantamento do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural) em conjunto com a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária), identificou a presença da cigarrinha, o vetor dos enfezamentos, em todas as regiões produtoras de milho do estado, elevando as preocupações para esta safrinha.
Diante disto, o pesquisador do IDR-Paraná, Ivan Bordin, destaca 5 principais ações que o produtor precisa realizar para prevenir e mitigar possíveis impactos nas lavouras deste complexo de doenças que pode causar perdas entre 10 e 100%.
Entre as ações de manejo integrado estão evitar a ponte verde com as plantas voluntárias de uma safra para a outra, tentar calendarizar o plantio para evitar que plantas próximas estejam em diferentes estágios de desenvolvimento, escolher híbridos mais resistentes, tratamento de sementes e utilização de inseticidas contra a cigarrinha.
Sobre este último ponto, Possamai ressalta que é importante realizar aplicações assertivas e conscientes, focadas nos pontos onde elas são realmente necessárias, e que o simples aumento no número de aplicações não é garantia de sucesso. Na última safra o Paraná registrou aumento de 6 vezes na quantidade de aplicações para a cigarrinha e, mesmo assim, a incidência das doenças aumentou.
Confira a entrevista completa com o gestor estadual do projeto de grãos do IDR-Paraná e com o pesquisador do IDR-Paraná no vídeo.