2021 terá preços médios de milho maiores do que 2020, diz Vlamir Brandalizze
As cotações do milho começaram 2021 em alta e nem mesmo os recentes recuos nos preços deve afetar este ano que promete ser ainda melhor para o mercado de milho do que foi 2020, pelo menos, essa é a leitura que o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze faz do cenário do cereal.
O analista acredita que todos os fundamentos do mercado são positivos para os preços, com uma grande demanda por milho no mundo e algumas dificuldades de fornecimento do grão. Assim, 2021 pode não atingir os picos de preços de 2020, mas terá uma média de cotações superior a do ano passado.
Entre os pontos que sustentam o mercado, Brandalizze cita a manutenção do apetite chinês por milho no mercado internacional e a demanda interna brasileira se mantendo aquecida pelo setor de rações que já voltou ao mercado neste início de ano.
Do lado da oferta, a Argentina suspendeu as exportações até março e deve enfrentar dificuldades com a safra após estiagens, a Ucrânia colheu 2 milhões de toneladas a menos do que o esperado e a Rússia também começa a dar sinais de controle de exportações.
Olhando para o Brasil, a safra verão que já começou a ser colhida deve se consolidar com perdas de 5 milhões de toneladas após as dificuldades climáticas no sul do país. Assim, as 22 ou 24 milhões de toneladas produzidas irão atender o mercado interno até maio, quando deverá retornar a escassez do cereal até a próxima safrinha.
Confira a íntegra da entrevista com o analista de mercado da Brandalizze Consulting no vídeo.