Milho caiu R$ 9,00 nos portos nos últimos 30 dias seguindo baixa do dólar, mas há espaço para novas altas em agosto

Publicado em 09/06/2020 11:41
Brandalizze Consulting acredita que movimentações cambiais vão seguir ditando rumo dos preços do milho no Brasil mesmo com avanço da colheita em julho. Exportações devem retomar crescimento entre agosto e outubro e ajudar na manutenção das cotações no mercado interno
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting

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Milho caiu R$ 9,00 nos portos nos últimos 30 dias seguindo baixa do dólar, mas há espaço para novas altas em agosto

 

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Nos últimos 30 dias as cotações do milho nos portos brasileiros caíram cerca de R$ 9,00 saindo do patamar de R$ 53,00 para os atuais R$ 44,00. Segundo análise da Brandalizze Consulting, o grande fator que ocasionou este movimento foi a desvalorização do dólar ante ao real, que saiu de aproximadamente R$ 6,00 para algo próximo dos R$ 4,85.

Mesmo com essas baixas, as cotações seguem elevadas ante a média histórica para o cereal e devem garantir boa rentabilidade aos produtores brasileiros, que já negociaram cerca de 50% desta próxima produção aproveitando os momentos de altas nos preços.

O analista de mercado Vlamir Brandalizze destaca que, apesar de estes momentos mais altos de preços já terem passado, ainda existe espaço para novas valorizações no mês de agosto, com o mercado de olho nas movimentações cambiais e em possíveis valorizações do cereal na Bolsa de Chicago.

O segundo semestre inclusive deve representar uma retomada para as exportações brasileiras de milho, que são estimadas em mais de 30 milhões de toneladas neste ano. Brandalizze acredita que os volumes voltem a te força entre agosto e outubro, já que a soja vai abrir espaço para o milho nos portos para o escoamento das quantidades que já foram negociadas antecipadamente.

A retomada da demanda interna de milho também deve ser aquecida no segundo semestre. O mercado interno de carnes deve retomar espaço se aliando as exportações do setor que estão em alta. Além disso, o etanol de milho, que verificou queda de até 40% no consumo neste momento de pandemia, deve voltar a crescer rapidamente na visão da consultoria.

Confira a íntegra da entrevista com o analista de mercado da Brandalizze Consulting no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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