Milho: Conab sinaliza um dos menores estoques de passagem dos últimos anos; preços médios tendem a ser melhores que em 2019

Publicado em 11/02/2020 16:19
Volume de 8,4 milhões de toneladas de estoques projetados ao final da temporada 2019/20 é suficiente para atender demanda de apenas 6 semanas no Brasil
Lucilio Alves - Pesquisador do Cepea

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Mercado do milho - Entrevista com Lucilio Alves - Pesquisador do Cepea

 

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Segundo a Conab, a produção do milho de primeira, segunda e terceiras safras devem alcançar algo próximo a 100 milhões de toneladas, com um crescimento de 0,4%. A estimativa de área do milho primeira safra é de 4,25 milhões de hectares, 3,4% maior que o da safra 2018/19. O impulso deve-se às boas cotações do cereal no mercado. No Rio Grande do Sul, apesar do aumento de área, o rendimento deverá ser 1,8% menor, devido à estiagem que atinge a região. Na segunda safra, Mato Grosso já adiantou 20% da semeadura, bem à frente de outros estados. A expectativa é de um bom crescimento de área, graças à rentabilidade produtiva e às boas condições do tempo.

Os números chamaram atenção do mercado, já que de um modo geral vinha se falado em uma sobra de milho e uma possível pausa nas altas dos preços do último mês, por exemplo. Segundo o pesquisador Lucilio Alves, do Cepea, diante dos números divulgados, o mercado do milho continua sendo desafiador quando o assunto é oferta e demanda, além de ser uma das culturas mais arriscadas para se avaliar também os preços para o segundo semestre. 

"O contexto de variações ou tendências de preços diferentes em um curto espaço de tempo, em diferentes regiões já mostram o desafio da cultura", comenta. Destaca ainda que o mercado teve uma produção muito boa em 2019, que também contou com as boas condições climáticas daquele ano. 

O pesquisador destaca ainda que 2020 já inicia com um estoque mais baixo de milho no mercado e com uma produção também abaixo do que era esperado, acaba gerando uma disponibilidade baixa de milho também no mercado interno. "Ao mesmo tempo os números da Conab mostram 5 milhões de toneladas a mais de consumo", comenta. 

A tendência de preço, segundo Lucilio, no segundo semestre dependerá dos números de exportação do volume excedente de consumo no mercado. "Conforme vai se exportando os excedente interno vai diminuindo e o preço vai subindo", destaca. 

Confira a entrevista e análise completa no vídeo acima

Por: Aleksander Horta e Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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