Milho aponta para preço de R$ 52/saca na virada do ano com a crise argentina
Alberto Fernández assumiu a presidência na Argentina nesta terça-feira, dia 10, e um velho temor volta a assombrar os produtores rurais argentinos: as retenciones. (As retenciones são impostos que o país coloca sobre produtos exportáveis, em especial as commodities, que foram praticadas pelos governos peronistas de Nestor e Cristina Kirchner, que agora volta ao Poder como vice de Fernandez). O setor produtivo argentino vive dias de pânico.
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O mercado estima que as tarifas para a exportação do grão de soja in natura volte aos 30% ou fique acima disso. Para milho e trigo estima-se que as retenciones possam voltar aos 22%. Confirmados estes números, a competitividade do produtor argentino ficaria bastante comprometida diante de seus principais concorrentes. Veja abaixo uma estimativa para os impostos sobre a soja argentina:
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Desta forma, o produtor rural argentino que já paga US$ 100 por tonelada de soja exportada, poderá sofrer, com as novas retenciones, US$ 140 a tonelada. Já para o milho, o valor por tonelada exportada hoje em US$ 8, poderá ir para US$ 24/t. O valor praticamente tirará o país do mercado por falta de competitividade, fazendo com que países importadores supra suas demandas pelo grão nos Estados Unidos, na Ucrânia e no Brasil.
Pior são as previsoes climáticas pra o pampa argentino, bem no momento de enchimento de grãos na Argentina. Veja abaixo: