Mercado do milho sinaliza novas altas com percepção de que oferta de segunda safra vai ficar apertada após quebra da produção
O consultor de agronegócio Ênio Fernandes conversou com o Notícias Agrícolas a respeito da quebra da safrinha de milho no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
Ele lembra que há "vencedores e perdedores" no mercado de milho. Mato Grosso e Goiás tiveram boas colheitas, mas Paraná e Mato Grosso do Sul tiveram um sério problema com investimento alto e produtividades baixas.
Agora, o mercado do milho sinaliza mais altas e as exportações devem ficar em torno de 30 milhões de toneladas. Nos estoques, pode sobrar pouco milho. A safra de verão tende a ser pequena, de forma que o Brasil irá depender novamente da segunda safra para recompor seus estoques.
Este fator, somado às exportações robustas de farelo, também faz com que a ração seja mais cara para os produtores de proteína animal.
Fernandes avalia que quem acreditou no milho, ganhou. Sua projeção, agora, é de uma produção entre 25 a 26 milhões de toneladas para a safra de verão e de 60 a 62 milhões de toneladas para a segunda safra.
Ele destaca, ainda, que há várias informações confusas, do lado financeiro e também do lado político. Contudo, quem obtiver as melhores informações deve sair na frente nesse negócio.