Falta de chuvas já impacta potencial produtivo da safrinha de milho em Laguna Carapã (MS)
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Acompanhamento de safra do milho com João Firmino - Presidente do Sindicato Rural de Laguna Carapã/MS
Na região de Laguna Carapã/MS, os produtores rurais estão preocupados com a falta de chuva que está comprometendo das lavouras cultivadas com o milho safrinha. Tendo em vista, que a estiagem já está afetando o potencial produtivo da cultura.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, João Firmino, no início do plantio do milho safrinha o problema era o excesso de precipitações, mas agora a região está sem chuvas a mais de 21 dias. “Ainda temos umidade no solo, mas as temperaturas estão altas. Com isso, o milho está sofrendo e está na fase de pendoamento e precisa de muita água”, destaca.
Até o momento, não é possível quantificar as perdas no potencial produtivo do milho e muitos produtores tiveram que fazer o replantio devido ao excesso de chuvas. “Nós estamos todos ansiosos a espera das chuvas, porém as previsões indicam precipitações para as próximas semanas. Então, vamos torcer para que venham as chuvas”, ressalta.
Em relação à produtividade, a liderança salienta que em anos que as condições climáticas contribuem o rendimento médio ficou entre 90 sacas do grão por hectare. “Neste ano nós não vamos conseguir alcançar essa média, já que os agricultores plantaram fora da janela ideal e tem problemas com as adversidades climáticas”, diz.
Comercialização
Na localidade, as referências para o milho nas cooperativas estão em torno de R$ 26,60 a saca, sendo que em uma produção acima de 90 sacas/ha já remunera o produtor. “Nós fizemos contratos antecipados por volta de R$ 23,00 a R$ 24,00 para cobrir os custos. Porém, não sabemos se vamos ter milho para cumprir essas negociações futuras”, comenta.
Soja
Com a colheita da soja finalizada, os produtores rurais precisam fazer a comercialização da safra na região. Na qual, as referências giram em torno de R$ 71,30 a saca. “Nós ficamos esperando um preço bom e não vendemos. Eu acredito que ainda precisa ser negociado de 30% a 40% da safra”, finaliza a liderança.