Com água disponível no solo, lavouras de milho safrinha ainda resistem a estiagem em Dourados (MS)

Publicado em 19/04/2018 11:56
Diante do atraso no plantio, parte realizado fora da janela ideal, lavouras precisam de chuvas até o mês de maio para consolidar produtividade. Expectativa é de rendimento próximo de 100 scs/ha. Preços giram em torno de R$ 27,00 na região. Na soja, produtores colheram, em média, 58 scs/ha na safra de verão. Negociações têm acontecido aos poucos e referência é de R$ 71,30 a saca.
Lúcio Damalia - Presidente do Sindicato Rural de Dourados/MS

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Acompanhamento de safra do milho com Lúcio Damalia - Presidente do Sindicato Rural de Dourados/MS

 

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Apesar da estiagem na região de Dourados/MS, as áreas destinadas ao milho safrinha estão resistindo por conta da água disponível no solo. No entanto, as lavouras precisam de precipitações generalizadas até o mês de maio para consolidar a produtividade.

De acordo com o Presidente do Sindicato Rural do município, Lúcio Damalia, muitas lavouras de milho safrinha estão fora da janela ideal de cultivo, em função do atraso na colheita da soja. “Durante a colheita, em alguns pontos faltou chuva, inclusive eu tenho lavouras que ficaram com problemas stand. Já em outras regiões houve um excesso de precipitações”, afirma.

Com isso, os produtores rurais estão atentos com os rendimentos dessas áreas cultivadas com o Cereal. “O agricultor tem que estar preparado para isso, com seguro agrícola e com irrigação. No ano passado, foi excelente e não faltou nada de chuva e nesta temporada está faltando”, destaca.

Em relação à sanidade das lavouras, a liderança salienta que na região tiveram muitos problemas com incidência de percevejos, em que acabou encarecendo os custos de produção. “Tivemos um caso em que o produtor precisou fazer o replantio por conta do ataque do percevejo”, diz.

A expectativa é que a média de produtividade fique em torno de 100 sacas do grão por hectare, tendo em vista que historicamente é um bom resultado. Já para a soja, o rendimento ficou na média de 58 sacas/ha. “Apesar de ainda não estar consolidado, nós batemos um recorde de produtividade na soja”, comenta.  

Comercialização

Na localidade, as referências para o milho estão por volta de R$ 27,00 a saca, sendo que nesses valores remunera o produtor. No caso da soja, a cotação da saca gira por volta de R$ 71,30. “O preço está bom da oleaginosa, mas os produtores estão fazendo as comercializações aos poucos, pois ainda há uma expectativa de preços maiores”, finaliza a liderança.

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Por: Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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