Tendência de curto prazo para o milho é de estabilidade com leve pressão nos preços com a entrada da safra de verão

Publicado em 15/02/2018 16:19
Para o segundo semestre é preciso avaliar o tamanho da safrinha e o ritmo das exportações, mas tudo indica que o ano deve encerrar ainda com estoques confortáveis, e portanto, sem fortes oscilações nos preços

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Tendência de curto prazo para o milho é de estabilidade com leve pressão nos preços com a entrada da safra de verão

 

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Lucílio Alves, pesquisador do Cepea, destaca que o Brasil está começando o ano com um estoque abundante de milho, próximo das 18,6 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). Ao mesmo tempo, se observa a entrada do milho verão no sul do país, que disputa espaço com esses estoques.

Porém, o atraso na semeadura de soja e as chuvas complicando a fase de maturação da oleginosa são fatores que vêm atrapalhando o plantio do milho safrinha, que deve começar a ocorrer apenas em março, com perdas no potencial produtivo. Desta forma, o mercado vem buscando direcionamento, com oscilações pontuais e regionais.

Considerando o estoque somado à safra de verão do cereal, o Brasil possui 44 milhões de toneladas, volume suficiente para atender a demanda interna, de mais de 58 milhões de toneladas. Com a entrada da segunda safra, mesmo que a oferta seja menor, o país ainda terá um excedente expressivo, de forma que irá necessitar exportar volumes superiores a 30 milhões de toneladas.

Na análise de Alves, o produtor tende a manter a área de safrinha plantada em 2017, a menos que haja algum problema. Este fator, entretanto, não deve implicar em "reduções drásticas de área e produção".

O ano também tende a oferecer um retorno sobre o custo operacional para os produtores, o que se torna um importante atrativo. Alguns já realizaram vendas antecipadas. O pesquisador visualiza que este tende a ser um ano de equilíbrio tanto para o produtor quanto para o segmento de proteína animal, no qual as diversas oportunidades devem ser avaliadas.

 

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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