Brasil precisa manter ritmo de exportação mensal de milho acima de 3,5 mi/ton até janeiro para enxugar estoques e elevar preços

Publicado em 04/10/2017 13:58
Após movimento de alta nos preços e ritmo forte das exportações em setembro, mercado do milho fica de olho na continuidade das vendas internacionais para buscar novos patamares para as cotações

Lucílio Alves, pesquisador do Cepea, destaca que, no mês de setembro, a situação para o vendedor de milho melhorou em relação aos meses anteriores.

Essa recuperação está mais relacionada a uma restrição de venda por parte dos produtores, que não aceitavam vender nos níveis anteriores. Ao mesmo tempo, o mês de agosto foi favorável para as exportações e o mês de setembro também encerrou com volumes expressivos.

Até agora, foram exportadas mais de 15 milhões de toneladas entre fevereiro e setembro. A previsão da Conab é que se exporte 29 milhões de toneladas até janeiro de 2018, valor que, segundo Alves, é possível de ser alcançado. "Não será surpreendente se a gente ver exportações acumuladas acima de 30 milhões de toneladas", diz o analista.

Este movimento, entretanto, ainda não está consolidado. No decorrer da safra de verão, esses fatores irão formar os preços juntamente com os resultados da lavoura.

Na diferença entre compradores e vendedores e também nos parâmetros de negociação em uma determinada região, passou a existir uma dispersão maior, de forma que se torna mais complicado definir um rumo para o mercado.

Os preços para os produtores giram em torno de R$25 a R$26 em Santa Catarina, R$20 a R$21 em Santa Catarina, R$16 a R$17,5 no Mato Grosso do Sul, R$24 no Rio Grande do Sul e R$22,30 a R$22,60 em São Paulo.

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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