Queda nos preços do milho preocupa os produtores de Cristalina (GO) e negócios são lentos
Na região de Cristalina (GO), as lavouras de milho safrinha, até o momento, recebem chuvas regulares, apesar de uma redução de área plantada em torno de 25%, como conta o presidente do Sindicato Rural do município, Alécio Maróstica.
Algumas áreas plantadas, no entanto, terão dificuldades de fechar o ciclo do milho no melhor período de chuvas, sujeitas a intempéries climáticas. As áreas de milho irrigadas, por sua vez, não possuem problemas e prometem uma produtividade alta.
O cenário, segundo Maróstica, é melhor do que no ano passado, quando a produtividade foi bastante baixa e os prejuízos foram certos, principalmente nas áreas de sequeiro.
Neste ano, há certa preocupação com a cigarrinha e o vírus transmitido por ela, que causa o enfezamento - problema que só começa a aparecer quando o milho começa a aflorara. Para o controle, ele recomenda que os produtores façam pulverizações e o acompanhamento do aparecimento da cigarrinha, aplicando os defensivos necessários para o controle. Cogita-se ainda o estabelecimento de um vazio sanitário para diminuir esse ataque.
No ano passado, a produtividade foi baixa, mas os preços eram altos. Esse ano, os produtores, sem produtividade definida ainda, encontram preços na casa dos R$22 a R$25 a saca, mas com estimativa de chegar a R$17 a R$18 caso a safra seja cheia, o que não remunera. Poucos negócios antecipados foram feitos.
Na soja, a referência é de R$52 no momento, sendo que no ano passado, o preço chegava a R$75. Poderá, ainda, haver um conflito de armazenagem após a colheita do milho.