Cenário com perspectiva de elevação na oferta e demanda de exportação restrita, aponta para preços pressionados para o milho.
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Cenário com perspectiva de elevação na oferta e demanda de exportação restrita, aponta para preços pressionados para o milho.
Diante da perspectiva de uma maior oferta neste ano, o rumo dos preços do milho no Brasil ainda é uma incógnita. Com a safra de verão sendo colhida e uma safrinha com boas expectativas, o momento atual é de uma aparente pressão nos preços.
De acordo com Douglas Coelho, da Radar Investimentos, a média de 10 casas de consultoria indica que a expectativa de aumento para a produção da primeira safra subiu 0,1% em relação ao mês de janeiro, mas quando se fala da segunda safra, este número é de 3,7%. A produção total, puxada pela safrinha, também teve um aumento nas estimativas, chegando a 88,91 milhões de toneladas.
Há uma perspectiva de crescimento na demanda, mas esta não deve ser tão grande, uma vez que as indústrias trabalham com planteis mais regulados. Para os contratos mais longos, um câmbio mais confortável e o clima colaborando para uma safra cheia devem pressionar ainda mais os preços.
No momento, o mercado também precifica uma grande safra nos contratos mais curtos, enquanto grande parte dos compradores aguarda por menores preços e produtores mais retraídos. No entanto, com as condições climáticas adversas em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, isso tem impactado a chegada de milho no mercado, o que sustenta os preços do Cepea em São Paulo.
Coelho aponta o mercado futuro como uma boa alternativa no mercado de milho. Como as oscilações são grandes, pode-se abrir alguma oportunidade para o produtor, que precisa ficar atento, acompanhar as consultorias e as pessoas que estão ativamente no mercado, pois todos esses fatores influenciam na liquidez e na volatilidade.