No Oeste da Bahia estiagem continua e lavouras de milho já registram perdas

Publicado em 10/01/2017 09:41
Prejuízos estão próximos de 10% a 20% nas lavouras do cereal. No caso da soja, lavouras ainda podem se recuperar caso as chuvas se confirmem. Previsões climáticas indicam precipitações generalizadas a partir desta quarta-feira (11) na região. Agricultores devem estar atentos ao aparecimento da mosca branca nas plantações da oleaginosa.
Confira a entrevista de Armando Ayres de Araujo - Engenheiro Agrônomo

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No Oeste da Bahia estiagem continua e lavouras de milho já registram perdas

 

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No oeste da Bahia, os produtores ainda enfrentam preocupação com a estiagem, que dura desde o dia 20 de dezembro. Na semana passada, algumas áreas tiveram chuvas irregulares, que passaram de 5mm a 60mm, enquanto outras não receberam chuvas. A expectativa é de que, a partir desta quarta-feira (11), as chuvas se confirmem na região.

De acordo com o engenheiro agrônomo Armando Ayres de Araújo, as chuvas mais regulares são esperadas a partir de amanhã para o norte da região oeste e a partir de sexta-feira (13) para a parte mais ao sul da região. A situação mais preocupante é a do milho que foi plantado nas primeiras chuvas do mês de outubro - uma área pequena que estava iniciando a fase de enchimento de grãos - que deverá ter de 10% a 20% de perda.

Para o milho plantado mais tarde, a partir de 15 de novembro, "ainda é precoce falar em perda", de acordo com o engenheiro, assim como para a soja e o algodão, este último que se encontra no estágio inicial de desenvolvimento vegetativo.

A produtividade média esperada para o milho era de 160 sacas por hectare. Com as perdas, hoje estima-se um volume de 140 a 150 sacas por hectare, "um número mais realista para essa época", como aponta Araújo.

O algodão, por sua vez, "é a cultura que menos sente a estiagem, principalmente no estágio inicial". As chuvas em excesso, por sua vez, seriam prejudiciais para a cultura. Houve, neste ano, redução de 15% da área plantada com a cultura, que está em 190 mil hectares. A área restante foi ocupada pelo milho, que cresceu 30% e pela soja, que cresceu 4%. O preço do milho, que chegou a R$50 ao longo do último ano, foi determinante para a decisão de alguns produtores de voltarem ao sistema de rotação de culturas, que estava esquecido, segundo o engenheiro.

As áreas do milho próximas às áreas irrigadas sofrem também com a ocorrência de cigarrinhas, o que foi controlado. Para o caso da soja, algumas áreas sofrem com nematóides e mosca branca, mas ainda em fase inicial e sob controle.

Na comercialização, o milho, do qual não é feita a comercialização antecipada, está na faixa de R$38 atualmente, preço que deve se reduzir na colheita. A soja, por sua vez, entre R$66 a R$67, mas com 40% da safra já fixada em preços próximos a R$75, o que compensa o custo de produção. Para o algodão, o preço está em R$89.

Araújo aconselha os produtores a terem calma e cautela e aguardar pela chegada das chuvas. "É um momento de muita calma e tranquilidade para enfrentar [os problemas~e, no final, ter uma safra cheia", conclui.

Veja ainda, no link abaixo, a entrevista com a engenheira agrônoma de Barreiras, na Bahia, Yong Gonçalves Feitosa Narçal em 5 de janeiro:

>> No Oeste da Bahia, lavouras de milho e soja sofrem com as chuvas irregulares

Por: Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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