Produtores finalizam a colheita da safrinha de milho em Sinop (MT) e renegociam os contratos

Publicado em 25/07/2016 11:01
Com clima seco, quebra na produção de milho safrinha está próxima de 30% nesta temporada. Saca é cotada a R$ 30,00, mas negócios são lentos. Empresas estão cobrando o valor de R$ 16,00, mais uma multa de 20% dos produtores que realizaram negócios antecipados e não conseguiram cumprir os contratos. Agricultores devem levar os contratos ao sindicato rural.

A colheita do milho safrinha em Sinop (MT) está na fase final e os produtores estão confirmando a quebra de 30% nesta safra. Nas áreas tardias, que sofreram com a severa seca em abril, as perdas são mais expressivas e a produtividade média do município está entre 70 a 80 sacas por hectares.

Conforme explica o presidente do sindicato rural, Antônio Galvan, o rendimento de anos anteriores era de 100 scs/ha e há preocupação quanto à renegociação dos contratos a termo.

"Ouvimos propostas de wash out no valor de R$ 32,00 a saca, só que os produtores em sua maioria tem contratos de R$ 16,00/sc, uma diferença alta e mais uma multa de 20%", diz o presidente.

Segundo Galvan os agricultores entendem a necessidade das renegociações, porém os valores cobrados estão exorbitantes, por isso "estamos pedindo que tragam os contratos para o que sindicato intermedeie o valor dos acordos", acrescenta.

A instituição irá averiguar a possibilidade de transferir os contratos para a próxima safra de soja ou milho, devido à descapitalização dos produtores nesta temporada.

Em cidades vizinhas a quebra é ainda mais significativa com rendimento de 30 scs/ha e houve necessidade de decretar estado de emergência para facilitar os acordos de dívidas.

Preços

Na região a procura pelo cereal tem sido grande, porém poucos contratos são efetivados, face à postura de retração dos produtores.

Com prejuízos os agricultores aguardam novas reações nas cotações, para cobrir os custos de produção. No município as ofertas chegam a R$ 30,00 a saca de 60 kg do cereal.

E, devido à quebra na cultura da soja e milho, Galvan não descarta uma possível redução na área cultivada na safra de verão 2016/17.

Por: Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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