Apesar das baixas temperaturas, geada não se confirma em Pato Branco (PR) e ameniza preocupação dos produtores de milho
O avanço de uma massa de ar polar derrubou as temperaturas no sul do país nesta semana. Em Pato Branco (PR), havia um alerta de geada para a madrugada nesta quinta-feira (28) que não se confirmou, amenizando a preocupação dos produtores de milho.
O município amanheceu com temperatura de 0º C e sensação térmica de -2º C. Apesar do alivio dos produtores, o alerta de geada está mantido até domingo, segundo informações do Climatempo.
O bom rendimento da segunda safra de milho é uma grande preocupação dos agricultores, já que a safrinha de soja está proibida no Paraná a partir de 2017, e os produtores devem investir no cereal como alternativa de complementação de renda.
Segundo o presidente do sindicato rural, Oradi Caldato, a produtividade média do município deve ficar em torno de 100 sacas por hectare. "Como há previsão de chuvas para os próximos dias, acreditamos que em mais 15 dias a safrinha escape praticamente 100%, e o preço colaborando, vai animar os produtores a cultivarem o milho", ressalta.
Considerando o custo menor da safrinha e o valor de R$ 40,00 a saca do cereal, a rentabilidade de atividade na região está acima das safras anteriores.
Safrinha de soja
Com a proibição da soja safrinha no Estado, os produtores cultivaram a última segunda safra neste ano. O novo calendário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná prevê apenas um período de semeadura da soja entre 16 de setembro e 31 de dezembro. Por isso, soja safrinha, que geralmente é semeada em janeiro, está proibida.
De acordo com Caldato, as lavouras da segunda safra estão apresentando rendimento e sanidade superior até mesmo que as áreas cultivadas no período convencional.
"Temos casos de produtores com produtividade acima de 60 sacas por hectare na safrinha. Ela se comporta muito bem em função do clima, não há registro de ferrugem nem praga", afirma o presidente.
Feijão
Negócios de até R$ 220,00 com a saca do carioca tipo 8, estimularam o plantio neste ano.
No entanto, o presidente ressalta os problemas sanitários provenientes do cultivo de feijão sobre feijão. "É uma cultura bem delicada, não se pode repetir todos os ano o cultivo na mesma área, por questão de sanidade. O correto é plantar o feijão após a colheita do milho", explica.
Segundo ele, "nas lavouras bem conduzidas" é possível chegar a uma produtividade de até 115 sc/alqueire.