Em Coromandel (MG), lavouras de milho safrinha registram perdas irreversíveis devido ao clima adverso

Publicado em 19/04/2016 10:31
Milho: Algumas regiões estão sem chuvas há mais de 40 dias. Com isso, rendimento médio das lavouras pode ficar entre 40 a 50 scs/ha, contra uma média de 120 scs/ha registrada em anos anteriores. Custos estão mais altos e superam os R$ 2.200/ha. Aparecimento do pulgão e das lagartas encareceu os custos. Preços giram entre R$ 42,00 a R$ 44,00 a saca.

O tempo seco e as altas temperaturas, a mais de 40 dias já prejudicam o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha na região de Coromandel (MG). Segundo o produtor rural, Abdala Daguer Neto, as chuvas que costumam acontecer entre o final de março início de abril, não ocorreram neste ano.

Neto conta que a maioria das lavouras estão em fase de pendoamento, e dependem de chuvas expressivas para garantir o potencial produtivo. No entanto, as previsões climáticas indicam um retorno das precipitações somente no final deste mês, devido ao bloqueio atmosférico que estacionou sobre o Brasil central.

Na média da região a produtividade média é de 120 sacas por hectare, mas se as chuvas não retornarem com intensidade, o rendimento poderá ficar entre 40 a 50 sacas por hectare.

"Temos áreas com perdas irreversíveis, mesmo que não seja possível quantificar ainda, já sabemos que os danos existem", alerta o produtor. Segundo ele, mesmo que as chuvas retornem após o dia 25 de abril, as plantas não conseguiram recuperar o potencial da produção.

Outra preocupação, que impacta diretamente no custo de produção, é a grande infestação de lagarta e pulgão nas lavouras de milho. Segundo Neto, algumas áreas já estão na terceira aplicação, além do que foi programado inicialmente.

Para a produção de 1 hectare de milho na região, o produtor gasta em média R$ 2.200,00. "Estamos vendo os custos se elevando, mas ao mesmo tempo não conseguimos vislumbrar um aumento na produtividade", ressalta Neto.

A saca do milho no município está cotada entre R$ 42,00 a R$ 44,00, mesmo assim Abdala afirma que nesses níveis não é possível cobrir os custos de produção, com a quebra na safra.

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Por: Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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