Como aconteceu com a soja, milho segunda safra no PR terá condições favoráveis para os fungos. Mancha Branca deve aparecer mais cedo

Publicado em 26/02/2016 17:56
Fungicidas protetores têm se mostrado eficientes no controle da mancha branca do milho e podem ser importantes nessa safrinha

Em uma temporada extremamente chuvosa para o sul do país, as doenças fungicas encontraram condições favoráveis para o seu desenvolvimento. Assim como ocorreu nas culturas de primeira safra, o milho safrinha no Paraná também poderá ter ambiente propício para propagação dos fungos.

De acordo com o pesquisador da Terra Pesquisa & Treinamento Agrícola, Eder Blainski, a mancha branca poderá aparecer mais cedo nas lavouras do Estado devido à alta umidade.

"Nessas condições acreditamos que pode acontecer como foi com a ferrugem, com a doença aparecendo em estágios mais novos do milho (v6 a v8) e deve exigir maior monitoramento e aplicações antecipadas", alerta o pesquisador.

De acordo com ele a doença é bastante agressiva e exige ações de controle antes dos 10% de severidade, para que sejam evitadas perdas na produtividade. Quando ultrapassado esse percentual, os grãos podem apresentar queda de 20% a 25% no peso.

Segundo Blainski, no caso da soja, os produtores que investiram na tecnologia dos protetores tiveram desempenho superior nesta safra. "O clima foi bastante úmido e favoreceu bastante o desenvolvimento da ferrugem, por isso foi um ano importante para comprovar a eficiência desses produtos e os produtores conhecerem aquilo que já vínhamos falando há três anos”, destaca.

"No caso do milho temos recomendado os protetores até mesmo isolados, sem uso da estriburulina e triazois, porque ele é eficiente para nossas condições fazendo de 2 a 3 aplicações, mesmo porque não temos problema de resistência a mancha branca", acrescenta Blainski.

Além disso, o pesquisador lembra que quando se trata de fungicidas protetores é importante fazer aplicações preventivas, para que quando o fungo entre em contato com as folhas elas estejam protegidas pela camada criada pelos protetores.

No entanto, os multissítios - como também são chamados - podem ser usados em funções curativas, potencializando a ação dos sistêmicos. Neste caso a ação de proteção é mais inibida, porém, impede que os fungos desenvolvam resistência aos produtos.

Assim, entre as principais vantagens do fungicidas multissítio para a cultura do milho está o ganho de produtividade, que pode chegar de 10% a 15% dependendo do caso.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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