Tecnologia BT em risco com milho VTPRO2 como ponte verde. Entenda porque o material resistente ao glifosato se tornou uma praga de laboratório
A utilização da tecnologia do milho VTPRO2, resistente ao glifosato, tem se mostrado como ponte verde em meio as lavouras de soja e, podem ameaçar a tecnologia Bt.
O milho geneticamente modificado com o gene Bt, que tem atividade principal combater as lagartas, em especial a lagarta do cartucho “Spodoptera fugiperda”.
Mas, segundo pesquisadores tem sido observado a partir de 2013 é um aumento do ataque da lagarta do cartucho. A chamada ponte verde para as pragas do milho vem ocorrendo principalmente nas regiões brasileiras onde se cultiva o milho safrinha, devido ao cultivo dos milhos com a tecnologia VTPRO 2.
"O problema que estamos encontrando após a introdução da tecnologia VTPRO2, é que o milho acaba perdurando e invadindo as lavouras de soja. Então ou o produtor faz um controle desse milho com herbicida, ou então ele vai germinar em meio às lavouras de soja e proliferar principalmente a lagarta do cartucho", explica o produtor rural Valdir Edemar Fries.
Essa tecnologia exige do produtor rural que usa da tecnologia, a aplicação de herbicidas específicos para o controle das plantas de milho que nascem no pós-colheita e em meio às lavouras de soja.
"Não é possível fazer o controle de todas essas plantas de milho que venham a nascer com uma única aplicação de herbicida, assim os custos sobem muito", alerta Fries.
Além disso, mesmo os produtores que não utilizam o VTPRO2 estão suscetíveis a presença da ponte verde, já que o sistema de polinização da cultura de milho é feita pelo vento e podem atingir distancias quilométricas entre uma lavoura e outra.
Segundo ele, as lavouras de soja, mesmo após o controle das ervas daninhas feito com glifosato, podem ser infestada com plantas de milho, servindo de ponte verde para a proliferação de lagartas resistentes.
Com isso, a probabilidade de realizar o plantio do milho safrinha já com a presença da praga resistente nas lavouras é muito alta. "Chegará a um ponto que a tecnologia não terá mais controle de forma adequada", destaca o produtor.
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