Colheita do milho safrinha chega a 35% em Laguna Carapã (MS) e preços giram em torno de R$ 17,00/sc
A colheita do milho safrinha chega a 35% da área semeada nesta temporada na região de Laguna Carapã (MS). Nesse momento, o clima seco tem contribuído para a evolução dos trabalhos nos campos. E, por enquanto, a produtividade das lavouras gira em torno de 100 sacas de milho por hectare.
Segundo o técnico agrícola da Bio Rural, Antônio Rodrigues Neto, há relatos de milho ardido, em decorrência das chuvas recentes, porém, são casos pontuais. A preocupação dos produtores nesse instante é em relação aos preços do milho. Atualmente, a saca do cereal é cotada a R$ 17,00 na localidade.
“Esse patamar é muito baixo se comparamos com os investimentos feitos pelos produtores e também deixa uma margem ajustada. Tivemos um aumento nos custos de produção, especialmente com o controle das doenças. Em média, os custos por hectare estão entre 80 sacas até 90 sacas”, explica o técnico.
Contudo, parte dos produtores conseguiu fechar alguns contratos futuros, com valores entre R$ 18,00 até R$ 20,00 a saca do cereal. Agora, a estratégia dos produtores é armazenar o restante do milho e vender mais adiante, conforme sinaliza Neto.
“Com isso, a preocupação é com a umidade no milho. Temos o grão com umidade entre 18% a 19%, mas para armazenar no silo bolsa é preciso umidade de 14%, principalmente para evitar problemas com a qualidade do cereal. Se colocarmos o milho com 15% a 16% de umidade, em 60 dias teremos que tirar e negociar o produto”, afirma o técnico.
Safra de soja
Em torno de 95% dos produtores rurais da região já adquiriram os insumos para a próxima temporada de soja e conseguiram escapar do dólar mais alto. Em contrapartida, o câmbio mais valorizado tem contribuído para a sustentação dos preços da soja no mercado interno.
A saca da soja disponível é cotada a R$ 60,60 na região e os contratos futuros para a próxima safra estão próximos de R$ 63,00/sc. “É um preço razoável, o produtor começa a temporada otimista. Já estamos dessecando algumas áreas na região, fazendo os procedimentos para a próxima safra”, ressalta Neto.
Paralelamente, a moeda norte-americana fortalecida tem preocupado os produtores rurais, principalmente para a safrinha de 2016. “A perspectiva é de custos mais altos e os preços do milho não estão tão favoráveis nesse momento. O produtor já pensa em diminuir os custos, até mesmo a área semeada, caso não haja uma melhora nas cotações do cereal”, alerta o técnico agrícola.