Em Assis Chateaubriand (PR), chuvas dão trégua e produtores retomam a colheita da safrinha de milho
Desde o último final de semana as chuvas deram uma trégua no Paraná e os produtores do município de Assis Chateaubriand conseguiram retomar a colheita do milho safrinha.
As chuvas que permaneceram na região por mais de 20 dias acumularam quase 500 mm neste período. Segundo o produtor rural Emerson Luiz Betanin, mesmo com excesso de chuvas 60% da área já está colhida e as lavouras não estão apresentando danos significativos.
"Até o momento, os materiais que foram plantados um pouco mais cedo, tem produzido em torno de 180 sc/ha, mas tivemos áreas com até 200 sacas por hectare, mas é claro que os materiais que foram plantados um pouco mais tarde terá uma diminuição na produção", destaca o produtor.
A expectativa dos agricultores é que a produção da região seja superior à safra passada, haja vista que as lavouras estão alcançando um rendimento por hectare de lavouras de safra de verão.
Preços
Cerca de 30% a 35% dos produtores realizaram contratos futuros com o milho cotado entre R$ 23 a R$ 24 a saca de 60kg. Para Betanin, os agricultores que realizaram essa operação ainda recebem uma remuneração "boa" pelo seu produto.
No entanto, o preço de R$ 21,20/sc praticado atualmente deixa a margem do produtor ajustada para comercialização. "O agricultor trabalha com o custo de aproximadamente R$ 19 a R$ 19,50 por saca", afirma Betanin.
Diante desse cenário, Betanin acredita que a estratégia adotada pelos produtores será realizar a comercialização escalonada dos 65% restantes. "Mesmo porque hoje estamos com dificuldades de colocar milho no mercado, pois as empresas que recebem não estão com logística para armazenar ou exportar esse material, então os produtores que tiverem recursos vão quitar suas contas e esperar um preço melhor do milho", declara.
Safra de Verão
Segundo Betanin como os produtores da região estavam muito preocupados com a crise financeira do país, boa parte deles já adquiriram mais 90% dos produtos necessários para o cultivo da safra de soja, fixando os custos em contratos futuros de R$ 65 a R$ 66 a saca.
"Quem fez a aquisição desses produtos e o contrato antecipado da soja, com certeza eles lucraram cerca de 8% a 10%", afirma.