Chuvas fortes e queda de granizo no PR preocupam os produtores de milho e trigo

Publicado em 13/07/2015 11:05
Chuvas fortes e queda de granizo que ocorreram no Paraná no final de semana preocupam os produtores. Entre as áreas mais atingidas estão Campo Mourão, Cafelândia e Floresta. No milho, preocupação é com o comprometimento da qualidade dos grãos. Precipitações também podem afetar a produtividade das plantações de trigo. Prejuízos ainda serão contabilizados ao longo dessa semana.

Ao longo do último final de semana, o estado do Paraná registrou chuvas fortes e queda de granizo. Entre as regiões mais afetadas estão os municípios de Campo Mourão, Cafelândia e Floresta. Em relação à produção agrícola, a grande preocupação dos produtores é com as lavouras de milho safrinha que estavam prontas para serem colhidas. Os danos ainda serão levantados nos próximos dias.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Toledo e vice-presidente da Aprosoja PR, Nelson Paludo, no caso do cereal, as precipitações recentes podem comprometer a qualidade dos grãos. “Isso gera mais descontos aos produtores e nessa época do ano o dia é curto, então o milho demora a secar. Com isso, os agricultores deverão colher o cereal com bastante umidade”, ressalta.

Além disso, o vice-presidente da entidade também destaca que, o excesso de chuvas acaba afetando as raízes das plantas. “E qualquer vento acaba derrubando as lavouras. Nesse momento, estamos aguardando a melhora do tempo, porém, as previsões climáticas ainda indicam chuvas nos próximos dias. Precisaríamos de, no mínimo, 15 dias de sol para retomar os trabalhos nos campos”, afirma Paludo.

Contudo, algumas variedades podem apresentar danos menores, conforme sinaliza o vice-presidente. “Em algumas cultivares, as espigas do milho viram para baixo, o que poderá conservar melhor os grãos, entretanto, temos outras em que a espiga fica para cima e recebe toda a chuva. Consequentemente, teremos problemas com grãos ardidos, o que vai comprometer a qualidade do cereal. Acredito que essa safra será um grande teste para escolher novas variedades de milho”, completa.

A preocupação por parte dos produtores rurais também se estende a outras culturas, como é o caso do trigo. Na região de Toledo, as plantas estão em fase de florescimento e as precipitações acabam lavando as flores. “Iremos produzir pouco trigo na localidade. E, além de lavar a flor, no trigo não temos como fazer o tratamento com fungicida nas lavouras. Então a doença vem e toma conta, fica uma situação irrecuperável”, ressalta Paludo.

Diante desse cenário, o vice-presidente da Aprosoja PR ainda orienta aos produtores a realizar o seguro das plantações. “Pelo menos teremos uma segurança e o produtor não ficará devendo em bancos e cooperativas caso haja um problema com a safra”, alerta.

Tags:

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Segunda-feira começa com preço do milho futuro subindo nas Bolsas
Radar Investimentos: Movimento de alta dos preços do milho no mercado interno deve perder força
Milho/Cepea: Indicador sobe 13,4% no mês
Preço do milho emenda 3 meses de altas no Brasil e margens de venda ficam positivas
StoneX: Safrinha 2024/25 de milho deve atingir 101,5 milhões de toneladas
Chicago abre a 6ªfeira com milho volta a subir sustentado pela demanda