Produtor de leite do RS que teve vídeo viralizado na internet explica indignação com greve dos caminhoneiros

Publicado em 30/05/2018 13:00
Paralisação de uma semana pode gerar prejuízo de mais de 100 mil reais para produtor de leite que teve sua captação suspensa após greve dos caminhoneiros
Adaias Elicker Hahn - Produtor Rural de Ibirubá/RS

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Entrevista com Adaias Elicker Hahn - Produtor Rural de Ibirubá/RS sobre a indignação da greve dos caminhoneiros

 

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O produtor de leite Adaias Elicker Hahn despejou 600 mil litros de leite na ERS-223, na região de Ibirubá no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, para mostrar a sua indignação com a paralisação dos caminhoneiros, que está causando muito prejuízos em diversos setores, principalmente na agricultura.

De acordo com o produtor a manifestação foi um ato de desespero motivado pela as perdas diárias na produção. “No vídeo eu tentei expressar que eu não estava apenas pensando em mim, tomei essa atitude devido a um contexto geral, pois tem muitas pessoas sofrendo com os protestos dos caminhoneiros”, comenta.

Com a greve dos caminhoneiros, a propriedade está sem receber ração para os animais e não conseguem escoar parte da produção. Ainda segundo o agricultor, os bloqueios na rodovia estadual vão voltar a circular normalmente. “Nós percebemos caminhões de leite de outras empresas circulando com tranqüilidade”, aponta.

Confira o vídeo na íntegra que viralizou na internet:

 

A produção diária da propriedade era em torno de 1,8 mil litros por dia, já com a greve o rendimento fica em média de 900 mil litros por dia. Com isso, o prejuízo ao produtor pode chegar a 100 mil reais. “Aqui na nossa região, a suinocultura também ficou bastante afetada com os protestos”, destaca.

O agricultor ainda explica que esse leite não pode ser doado por conta de questões sanitárias, já que se o leite tiver contaminado a responsabilidade é de quem fez a doação. “Eu vou conseguir dormir mais aliviado, pois a minha atitude fez outras pessoas repensarem sobre esse momento que estamos vivendo”, finaliza.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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