Do Grão à Barra #43 - Empresa faz o primeiro registro brasileiro de fungicida para o controle da monilíase do cacau

Publicado em 10/05/2022 16:49 e atualizado em 12/05/2022 09:36
Doença é agressiva e se espalha facilmente, tanto que fez com que diversas áreas entrassem em quarentena no ano passado. Entenda como funciona o novo fungicida e como realizar o manejo ideal para proteger as lavouras de cacau
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Empresa faz o primeiro registro brasileiro de fungicida para o controle da monilíase do cacau

O setor de cacau está passando por um revolução de mercado, muito similar ao que aconteceu com o setor de cafés especiais há alguns anos atrás. A cacauicultura brasileira, que sofreu com grandes perdas devido à doença vassoura de bruxa, vem se reinventando para conquistar novos mercados e dessa forma competir com o mercado internacional.

Nesse contexto, os termos "bean to bar" (do grão à barra) e "tree to bar" (da árvore à barra) se tornaram duas grandes vertentes de marketing que demonstram essa evolução. Assim como no café, o estímulo do "faça você mesmo" tem trazido novos interesses para o mercado de cacau e também novos olhares para o setor de chocolates.

O objetivo do podcast "Do Grão à Barra" é mostrar as histórias por trás desses avanços e assim, mostrar também como os produtores de cacau e o setor de chocolates está crescendo no Brasil. A cacauicultura brasileira é recheada de histórias de conquistas coletivas, de avanços sociais e de crescimento em busca pela sustentabilidade, já que o cacau é uma planta nativa da Amazônia e pode representar o Brasil em pautas relacionadas ao agronegócio ambientalista. 

Syngenta é pioneira no registro de fungicida para controle de monilíase no Brasil

Doença é uma das mais devastadoras para o cacau. Em caráter preventivo, inclusão da cultura na bula do Amistar Top surgiu a partir de pedido da Secretaria de Agricultura da Bahia

A Syngenta foi a primeira empresa a angariar o registro no Brasil de uma tecnologia fungicida para o controle da monilíase. O Amistar Top recebeu aprovação do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para uso preventivo contra a doença que teve sua ocorrência registrada no Brasil no ano passado e que ameaça a produtividade da cultura do cacau.

A inclusão do cultivo na bula do fungicida ocorreu após uma série de estudos sobre o uso desta tecnologia em plantações de outros países, onde o fungo está presente. Os resultados obtidos, principalmente no Equador, apontaram grande eficácia de controle da doença.

Prevenção e responsabilidade social

Foi da Bahia que a Syngenta recebeu, ainda em 2020, uma visita que culminaria, hoje, na aprovação para o uso preventivo do Amistar Top para controlar o fungo monilíase, uma doença que, assim como a vassoura-de-bruxa, tem enorme potencial para dizimar plantações de cacau.

De acordo com Caio Prates, Gerente Técnico de Fungicidas, a Syngenta sempre coloca o agricultor no centro de ações pioneiras, levando inovação e tecnologia para apoiar atividades econômicas relevantes, como é o caso do cacau. “Foi uma ação muito benéfica em termos de sustentabilidade e relacionamento com órgãos públicos, trazendo benefícios de responsabilidade social e preventiva”, afirma.

O Amistar Top - assim como outros fungicidas do portfólio Syngenta -, também está sendo avaliado Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), instituição pública vinculada ao MAPA, para controle da vassoura-de-bruxa.

Mercado relevante

O cacau é um cultivo de grande importância para a economia brasileira. O Brasil está entre os 7 maiores produtores mundiais, de acordo com dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ainda segundo o IBGE, a lavoura ocupa uma área de 618,3 mil hectares no País, com safra de 269,1 mil toneladas, somando a produção do Pará e do Sul da Bahia.

Por: Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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