Queda na oferta e aumento no consumo sustentaram alta nos preços da batata, mas rentabilidade do produtor ainda é restrita

Publicado em 09/09/2020 11:20 e atualizado em 09/09/2020 14:15
Custo de produção é elevado e dificuldades climáticas, que derrubaram a produção, impedem o produtor de chegar a um patamar rentável. ABBA recomenda cautela ao produtor neste momento e se preocupa com o futuro do consumo no país
Natalino Shimoyama - Diretor Executivo ABBA

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Queda na oferta e aumento no consumo sustentou alta nos preços da batata, mas rentabilidade do produtor ainda é restrita

 

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Quando a pandemia chegou o setor da batata espera tempos difíceis para os produtores brasileiros. Apesar disso, o que se viu foi um aumento no consumo de batata fresca e a sustentação dos preços devido à problemas climáticos na safra nacional.

Segundo o diretor executivo da ABBA (Associação Brasileira da Batata), Natalino Shimoyama, a seca nos estados do Sul e o excesso de chuvas em Minas Gerais e na Bahia, impactaram na redução de oferta e sustentação nos preços.

Após esse momento, a oferta ganhou um incremento de boas produções nos estados de São Paulo e Goiás e o preço caiu. Atualmente, o Cepea indica cotações na casa dos R$ 70,00 para a saca de 50 quilos, patamar que, de acordo com Shimayama, deixam as contas apertadas para os produtores.

“Se você produzir mil sacas, vender à R$ 70,00 e receber, ok, você vai empatar e ganhar um pouquinho. Agora, se colher 600 ou 700 sacas e não conseguir esse preço ele vai empatar e perder. Esse patamar ao reder dos R$ 70,00, se ganhar, ganha pouco e o custo de produção da batata é elevado”, diz Shimoyama.

Para o futuro, a liderança recomenda cautela ao produtor e enxerga um cenário difícil para o setor. Uma eventual interrupção do pagamento do auxílio emergencial pode derrubar o poder de compra da população e prejudicar a demanda pela batata e outros produtos alimentícios.

Confira a íntegra da entrevista com o diretor executivo da ABBA no vídeo.

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+ Batata: Sem mudanças no mercado, preços seguem estáveis

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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