Com novas recomendações de manejo, produção de maracujá no Sul de SC deve aumentar nesta safra

Publicado em 21/12/2018 09:57
Após sofrer com doenças nos últimos dois anos, produtores utilizam novas praticas agrícolas e expectativa é colher 25 mil toneladas na região sul do estado. Mercado está aquecido e não há dificuldades para vender a produção com preços próximos de R$ 60,00 nesse início de colheita.
Reginaldo Ghellere - Gerente Regional da Epagri em Araranguá

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Entrevista com Reginaldo Ghellere - Gerente Regional da Epagri em Araranguá sobre o Colheita do Maracujá em SC

 

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Desde de 2016 a cultura do maracujá no sul de Santa Catarina sofre com a incidência de virose do endurecimento do fruto e já registrou perdas estimadas de R$ 10 milhões. Porém, com o investimento em pesquisas, os produtores rurais conseguiram aplicar uma série de novos manejos culturais para essa safra e diminuíram muito a incidência de doenças na lavoura.

“Nós desenvolvemos um conjunto de medidas para evitar esse problema que reduz a produtividade. Entre elas estão a produção de mudas em ambientes altamente protegidos sem acesso dos pulgões que transmitem a doença. Elas ficam no viveiro até atingirem um metro de altura pelo menos e, ai sim, vão para o campo e começam a produzir mais. Também recomendamos para o produtor que, sempre que detectar uma planta doente, faça a irradicação dessa planta, assim como a irradicação completa após o ciclo em junho para fazer um vazio sanitário de 30 dias. Com essas medias as práticas mudaram no campo e conseguimos reverter essa situação”, diz Reginaldo Ghellere, gerente regional da Epagri em Araranguá.

A produtividade média da região vinha sendo entre 10 e 18 mil toneladas nos últimos dois anos e a expectativa para essa safra 2018/19 é de colheita em torno de 25 mil toneladas. Para melhorar ainda mais o cenário para o produtor de maracujá, o mercado para a fruta está aquecido e com preços altos.

“O mercado está estabilizado e fácil de se comercializar. Como estamos na entre safra os preços estão estratosféricos, quem tem maracujá nessa época ganha dinheiro como se fosse uma loteria. Os preços estão na faixa de R$ 60,00 a caixa e, normalmente, ficam em 25 a 30 reais. Devemos retornar nesse patamar ao longo do ciclo de colheita que vai até junho”, conta Ghellere.

Como a incidência desse tipo de doença é comum em diversas regiões produtoras do país, que já registraram perdas de até 20% na produtividade, a ideia dos pesquisadores da Epagri e levar essas novas práticas para o restante do Brasil, e assim ajudar à todos os produtores da fruta aumentarem suas produtividades e melhorar a qualidade dos frutos.

Confira a entrevista completa no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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