Movimento de alta dos últimos dias, com maçã ao produtor chegando a R$2,00/kg deve reduzir com início da colheita da variedade gala
Nesta semana teve iniciou a colheita da safra de maçã no sul do país e há expectativas de redução na produção devido ao menor tamanho das frutas. De acordo com o presidente da ABPM (Associação Brasileira de Produtores de Maçã), Pierre Nicolas Pérès, a diminuição de tamanho é conseqüências das condições climáticas desfavoráveis, durante o período de florada.
No entanto, a qualidade do produto nos primeiro dias de colheita tem sido satisfatórios no quesito cor, textura e sabor. "Então devemos ter uma safra levemente menor que ano passado, e principalmente um tamanho um pouco menor, mas com qualidade muito próxima do ano passado", explica o presidente.
Com a expectativa de safra menor, prejudicada pelo excesso de chuvas no inicio do ciclo, os preço da maçã tem sofrido consecutivos reajustes positivos neste começo de ano. A menos disponibilidade do produto aumentou a disputa pela fruta no mercado, colaborando para a alta nas cotações.
Segundo Pérès, no ano passado o consumo foi maior do que o esperado, por isso em dezembro a oferta não foi suficiente para atender a demanda, impulsionando os preços no mercado interno desde então. "Mas agora é natural que nessa semana o preço se reajuste, e acreditamos que até o inicio de fevereiro a cotação deve atingir a média normal", ressalta o presidente.
Diante desse cenário, os preços pagos ao produtor em janeiro atingiram o nível de R$ 2,00/kg - um dos maiores patamares já alcançados. Para fevereiro é esperado que as cotações retornem a média de R$ 1,00/kg a R$ 1,10 o quilo pago ao produtor.
"Esse é um bom preço, mas precisamos considerar que os custos aumentaram muito, desde insumos (50%), até energia elétrica e mão de obra. então considerando a elevação dos custos no final das contas sobre quase nada", pondera Pérès.
De acordo com a ABPM, na última safra foram colhidos 1,183 milhão de toneladas, e para essa temporada com a redução na produtividade as projeções iniciais indicam uma produção de 1.080 milhões de toneladas. "Mas como a qualidade é muito boa, é muito provável que a fruta oferecida ao consumidor final seja mais ou menos a quantidade do ano passado", destaca Pérès.