Em Santo Ângelo (RS), chuvas volumosas nos últimos dias podem provocar perda de qualidade no trigo e gastos extras com adubação no milho

Publicado em 05/09/2023 10:14 e atualizado em 05/09/2023 11:25
Presidente do Sindicato Rural local aponta que solo encharcado impossibilita que os tratos culturais sejam feitos, tanto para adubação quanto para a prevenção de pragas e doenças
Laurindo Nikititz - Presidente do Sind. Rural de Santo Ângelo/RS

As chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias, mas falando especificamente de Santo  ngelo, pode causar danos às culturas do trigo e do milho, segundo o presidente do Sindicato Rural local, Laurindo Nikititz.

Ele explica que desde sexta-feira (1) até segunda-feira (4), o acumulado de precipitações era de 320 milímetros, deixando o solo bastante encharcado. “Isso torna difícil a entrada com máquinas nas lavouras para realizar os tratos culturais necessários”, explica a liderança.

Nikititz aponta que, no caso do trigo, 3% das áreas estão em fase de floração, e que a chuva intensa pode ter derrubado parte das flores, prejudicando a polinização. Além disso, estas plantas acabam ficando mais suscetíveis à giberela. 

No caso dos 65% do trigo em maturação, a alta umidade pode prejudicar a qualidade dos grãos, além da questão da dificuldade na entrada nos campos para as aplicações necessárias. “A colheita começa em meados de outubro, e há previsão de chuvas nesta época. É outra preocupação, já que pode atrapalhar nos trabalhos”, disse. 

A respeito do milho, o presidente do Sindicato indica que a maior parte das plantas está em fase de desenvolvimento, já com quatro folhas, e a adubação de cobertura com uréia que tinha acabado de ser realizada pelos agricultores foi levada pela chuva. “Houve uma leve erosão no solo, e assim como no trigo, o produtor vai ter que esperar o solo secar um pouco para conseguir entrar e refazer a adubação, que é mais um gasto”, apontou. 
 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Início da safra irrigada provoca maior oferta do feijão carioca e preços já se aproximam dos R$ 200/saca
Ibrafe: Semana começa com queda de preços do feijão nas fontes
Ibrafe: Produtores armazenam feijão olhando para o final do ano
Ibrafe: Mercado do feijão indica novas desvalorizações
Chuva atrasou plantio da canola, mas lavouras estão se desenvolvendo bem no momento
Clima seco e quente, mutação da mosca branca e não cumprimento do vazio sanitário fizeram explodir as viroses do feijão